Em empate com 2016 já seria bom...

30/12/2016 às 20:40.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:16

Não queremos estragar as comemorações das festas de fim de ano e desestimular planos para 2017, mas temos o compromisso de não iludir o cidadão ou, pelo menos, alertá-lo ao que especialistas estão prevendo para o novo ano. E as previsões colhidas com quem sente mais de perto os obstáculos para o crescimento do país não são tão boas quanto as apresentadas pelo governo federal. 

Em quase todos os setores, o desânimo e a apreensão marcam clima entre os empresários. Para muitos, os 12,1 milhões registrados em novembro não será o número recorde de desempregados do país por muito tempo. Mais corte estariam em vista, principalmente no primeiro semestre. 

O controle dos gastos imposto aos Estados, em um primeiro momento, evitará que as gestões, aquelas que ainda têm algum recurso disponível, invistam em grandes ações para reativar o crescimento. Os benefícios dessa medida serão sentidos, quem sabe, em médio prazo. Portanto, não esperem grande obras para que empresas da construção civil consigam reabrir os postos de trabalho. 

Unindo todos as áreas da economia, a estimativa de um crescimento do PIB do Brasil em torno de 0,5% já pode ser chamada de otimista. Vários setores estão esperando um crescimento baixo final de dezembro. A indústria mineira, por exemplo, que deve fechar este ano com uma queda na casa dos dois dígitos estima uma outra queda, pequena, no ano que vem. Para a maioria, um empate com 2016, ou seja, crescimento zero, já seria bom. 

O que fazer? Não há outra coisa para o brasileiro a não ser não desanimar e lutar. Há exemplos que trazemos hoje de pessoas que conseguiram concretizar sonhos de vida e projetos mesmo em meio a um ano tão conturbado. Se 2017 será bastante semelhante, esses exemplos provam que há sim espaço para realizações pessoais e em conjunto. Talvez o esforço para chegar até os resultados pretendidos poderá ser maior. 

Aos leitores e colaboradores desejamos um Feliz Ano, e que, daqui a 12 meses, ao analisarmos todas as previsões de que este será um momento difícil, cheguemos à conclusão de que tudo não passou de uma onda de pessimismo e que todo mundo tenha se surpreendido positivamente com 2017. Que assim seja!

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