Endividados precisam de reeducação financeira

11/07/2018 às 21:19.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:21


Um dos efeitos da crise que atingiu o país a partir de 2015, com o crescimento astronômico do desemprego e a queda progressiva da renda de famílias de todas as classes sociais, foi a obrigação imposta aos brasileiros para que restringissem os hábitos de consumo. 

Pesquisa divulgada esta semana pela Federação do Comércio de Minas Gerais (Fecomércio-MG), sobre endividamento e inadimplência, comprova essa ideia. Em junho, o índice de moradores da capital com algum tipo de dívida caiu para 60%, ante 65% no mesmo mês de 2017. 

Também em junho, outra pesquisa da Fecomércio-MG, que mede a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) de Belo Horizonte, registrou a terceira queda consecutiva no ano, com o índice de 72,5 pontos. Em maio, a marca era de 81,9 pontos. 
Esses dados corroboram a tese de que, diante de incertezas crescentes nos cenários político e econômico, ainda mais em ano eleitoral e com o agravante da recente greve dos caminhoneiros, os belo-horizontinos, assim como os brasileiros, de modo geral, estão bem mais cautelosos.


Ainda assim, há os que não conseguem se livrar das dívidas, embora a realidade mostre-se arriscada a quem tem tais compromissos financeiros. Em junho deste ano, conforme a pesquisa sobre inadimplência da Fecomércio, 13,9% dos endividados de BH simplesmente não conseguiram pagar o que deviam – o dobro do índice de 6,3% registrado em junho de 2017. O campeão dos causadores de endividamentos, no caso, é o cartão de crédito.

O que se depreende é que, mais que nunca, é hora de segurar o ímpeto por fazer gastos desnecessários e, se possível, procurar orientação de especialistas para evitar a criação de bolas de neve nas finanças pessoais e familiares. 
Como dizem os economistas, a aplicação de conceitos básicos de educação financeira, não apenas em momentos de crise, é fundamental para melhorar a vida de qualquer cidadão. 


Boa dica, por exemplo, é reunir-se com a família mensalmente, aferir o orçamento da casa e discutir despesas que sejam ou não essenciais e passíveis ou não de redução. Com renda e gastos sempre registrados e analisados fica mais fácil sair do “vermelho” e, certamente, tornar o sono mais tranquilo.
 

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