Hora de diversificar

26/12/2016 às 18:58.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:13

<CW20>Minas Gerais passa por um momento de crise econômica e queda na atividade industrial como todo o país. Talvez tenhamos sido ainda mais atingidos pela queda no mercado de minério, um dos principais alicerces de receita do Estado, junto com o café. Boa parte da nossa arrecadação vem desses dois produtos e suas respectivas cadeias.

Mas o momento de crise também é a hora de reestruturação. E os poderes públicos podem, e devem, procurar uma maneira de diversificar a produção em algumas localidades, tornando o Estado menos dependente de poucos setores para garantir receita e manter os serviços públicos. O Rio de Janeiro, que apoiou sua economia quase que totalmente no setor de petróleo, está em uma situação bem difícil, já que a indústria petroquímica está em baixa recorde.

Temos muitas características que podem ser aproveitadas. O extremo Sul, por exemplo, pela proximidade de São Paulo, do aeroporto de Campinas e mesmo por vocação, tem tudo para atrair empresas de alta tecnologia. O Triângulo poderia se tornar um polo de inovação voltado para o agronegócio. Já a Zona da Mata e o Rio Doce, com a proximidade do Rio de Janeiro e Espírito Santo, poderiam ser referências em culturas extrativistas, respeitando o meio ambiente, e em ecoturismo. Na região Norte, o sol abundante pode ser usado para criar um centro de estudos e aproveitamento de energia solar.

Essas e muitas outras peculiaridades já são observadas. E cabe a órgãos públicos, como é o caso do INDI, fazer essa análise e tentar intermediar a vinda de empresas para Minas. Se a previsão para 2017 se confirmar, de investimentos na ordem de R$ 3 bilhões, apresentados em primeira mão nesta edição, podemos estar iniciando a diversificação que vai deixar o nosso Estado muito menos dependente de poucos setores, podendo, assim, sobreviver melhor a crises.

Agora, é preciso que todos os envolvidos, incluindo lideranças locais, deixem as tradições um pouco de lado e tenham coragem em transformar as regiões em que vivem. O importante é investir agora para que todos possam ter um futuro realmente promissor. 

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