Hospital veterinário público é bem-vindo

05/07/2018 às 20:01.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:14


A população de bichos de estimação, principalmente de cães e gatos, não para de subir no país e em Minas. Segundo o IBGE, em 2015, último dado disponível, 44,3% dos 65 milhões de domicílios brasileiros tinham pelo menos um cachorro e 17,7%, ao menos um gato. 

No total, eram 52,2 milhões de cães e 22,1 milhões de felinos, sendo que a população canina era maior até que a de crianças (44,9 milhões, de 0 a 14 anos).

Minas Gerais era o Estado campeão em número de pets: 46,7% dos domicílios tinham, pelo menos, um cachorro, média quase três pontos percentuais superior à nacional. Já os gatos estavam presentes em 14,6% das casas mineiras.
Aliados ao alto custo gerado, em clínicas particulares, para os cuidados com os animais domésticos, esses dados respaldam a decisão, anunciada ontem pela Prefeitura de Belo Horizonte, de inaugurar na cidade, até o final do ano, o primeiro Hospital Público Veterinário do Estado - a exemplo do que já fizeram São Paulo e o Distrito Federal.

A unidade, segundo a PBH, será uma espécie de Pronto-Atendimento para os bichos e funcionará no antigo e hoje abandonado Centro de Saúde Vila Imperial, no bairro Madre Gertrudes, Oeste da capital. 
A ideia é que os atendimentos, por meio de distribuição de senhas, sejam integralmente gratuitos, desde que os donos dos pets apresentem documentos comprovando baixas condições socioeconômicas.

O poder público esclarece que, a princípio, não serão feitas castrações no local. Tal notícia decepciona, uma vez que esses procedimentos nas três unidades do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Prefeitura, onde há gratuidade, têm grande demanda e a fila de espera, hoje, chega a passar de seis meses.


De qualquer forma, a novidade é altamente positiva. Por um lado, ganha a população de baixa renda, que hoje conta com poucas opções para cuidar dos animais domésticos a custo razoável ou mesmo sem cobrança. As exceções são alguns hospitais veterinários ligados a universidades e ONG’s de resgate de bichinhos abandonados. Na outra ponta, ganha a saúde pública na capital, já que pets saudáveis são sinônimo de menos riscos de doenças para os donos e a própria população.
 

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