O boom do mercado de moedas virtuais

15/01/2018 às 21:44.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:47

A disparada de preço da moeda virtual Bitcoin, que chegou a atingir R$ 60 mil a unidade na virada do ano, com valorização de 1.500 em 2017, tem levado investidores a despertar o interesse por outras moedas com potencial de crescimento neste ano. Na última sexta-feira, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) impediu que os gestores e administradores de fundos invistam em criptomoedas, por não serem considerados ativos financeiros. Com a decisão, a Bitcoin despencou para a casa dos R$ 47 mil. 

O atual patamar da Bitcoin ainda tem peneirado um pouco os investidores. No entanto, os interessados em arriscar nesse mercado têm opções de criptomoedas cujos preços variam de R$ 2,71 a unidade, como a Cardano, a R$ 4.274, a Ethereum. As valorizações no ano passado foram os principais atrativos. Para se ter uma ideia, a Litecoin teve uma expansão de 6.100%, e a Monero, de 2.840%.

Recentemente, o presidente do Banco Central brasileiro, Ilan Goldfajn, alertou para o risco de uma bolha no mercado de moedas virtuais, que considerou semelhante às pirâmides financeiras. Ele disse também que elas podem não ter a garantia de conversão para moedas soberanas e tampouco são lastreadas em ativos real ou de qualquer espécie, ficando todo o risco com os detentores.

Em relação às criptomoedas, o megainvestidor americano Warren Buffett disse que em termos gerais, com certeza, elas “terão um final ruim”. O Serviço Financeiro da Coreia do Sul também já havia proibido a arrecadação por meio de todas as formas de moeda virtual, movimento semelhante ao da China. O país considerou que todos os tipos de ofertas iniciais (ICOs) seriam banidos, pois essa emissão precisa ser rigorosamente controlada e monitorada.

É bom lembrar também que, no Brasil, o investidor que adquire as moedas virtuais está sujeito à tributação a título de ganho de capital. A incidência do imposto é semelhante à de outros bens, como carros, joias e obras de arte. O contribuinte pode declarar suas moedas pelos valores históricos de aquisição. No entanto, os ganhos obtidos com a alienação quando superar os R$ 35 mil no mês, há a incidência de 15% de alíquota de Imposto de Renda.

Portanto, para quem pretende se arriscar nesse mercado, todo o cuidado é pouco. A operação é de risco e as pessoas devem evitar investir significativa parte do seu patrimônio ou uma quantia muito vultosa de dinheiro no negócio. Há ainda uma volatilidade do mercado e o pretenso investidor precisa ter o mínimo de conhecimento para ingressar nessa aventura.
 

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