O controverso retorno dos jatos na Pampulha

25/10/2017 às 20:35.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:23

Mais uma reviravolta no polêmico retorno dos jatos ao Aeroporto da Pampulha. Após vetar a volta dos voos de grande porte no terminal, o Ministério do Transporte e Aviação Civil mudou o posicionamento e publicou ontem no Diário Oficial da União a portaria 911, em que revoga decisão de 11 de maio da própria pasta. Assim, pelo menos no papel, ficam liberados jatos comerciais de longa distância no terminal da Pampulha.

Controversa e polêmica, a determinação divide opiniões. Empresários do setor de hotelaria e do comércio, associações de moradores da região, especialistas e a concessionária BH Airport, que gerencia o aeroporto de Confins e se coloca como  principal afetada pela medida, não se entendem. Cada um defende o seu lado com as armas que tem. 

O prefeito Alexandre Kalil, que já tinha ido às redes sociais defender o retorno dos jatos ao Aeroporto da Pampulha, comemorou a portaria. Com direito a parabéns para os belo-horizontinos. Segundo ele, um cronograma com os próximos passos será traçado na próxima semana. À frente da discussão para a retomada de voos no terminal, o vice-presidente da Câmara, deputado federal Fábio Ramalho, disse que uma reunião deverá ser realizada na próxima terça-feira com representantes do Governo de Minas e da PBH. Ele adiantou que a expectativa é que o aeroporto possa ter voos para cidades do interior e capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília em breve. 

Se depender da Gol, isso vai mesmo ocorrer. A companhia agiu rápido e já solicitou à Anac o sinal verde para operar na Pampulha. A empresa quer  começar logo a vender as passagens. 

Insatisfeita mesmo ficou a concessionária BH Airport, que alega quebra de contrato. Segundo a empresa que administra Confins, a concorrência vai resultar em perda de conectividade e de passageiros. Mais de R$ 750 milhões foram investidos pela BH Aiport só nas obras do terminal 2. Os moradores da região da Pampulha também mostram-se revoltados. O temor é de aumento do barulho, da poluição e do trânsito, que já é caótico. 

Resta saber quem vencerá a queda de braço. 

  

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por