Os cortes na assistência social

14/09/2017 às 20:48.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:34

O corte drástico no orçamento federal para programas de proteção e assistência social ameaça milhares de pessoas em Minas e no país. Para 2018, do orçamento inicial do Ministério do Planejamento de até R$ 900 milhões, apenas R$ 78 milhões estão efetivamente garantidos para o ano que vem. Ou seja, somente minguados 8% do montante previsto anteriormente.

A maior parte do financiamento federal vai direto para os municípios, que colocam em prática as ações sociais. Mas sem a verba, elas ficam inviabilizadas. Hoje, em todo estado, são mais de 1.100 Centros de Referência em Assistência Social (Cras) em 840 cidades mineiras. 

O trabalho realizado pelo Cras consiste em garantir proteção de forma a prevenir a ocorrência de situações de violação de direitos e o agravamento das vulnerabilidades sociais, entre outros. Entretanto, segundo a secretária de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social, Rosilene Rocha, com a limitação dos recursos todos correm risco de fechar as portas. 
</CW><CW12>Em parte aplicado em função da PEC do Gasto Público, o facão é tão sério porque prejudica o atendimento justamente em um momento em que as famílias mais precisam. São muitas as que sofrem com o desemprego e o achatamento da renda, além das doenças que a crise e o estresse trazem. Dependem ainda da assistência usuários de drogas e mulheres que sofreram violência doméstica e sexual.

O programa Bolsa Família, que já vem sofrendo baixas, será um dos mais afetados pelo novo corte. Apenas em Minas, entre julho de 2016 e julho deste ano, 118.600 famílias já perderam a ajuda. Em Belo Horizonte, no mesmo período, foram excluídos 9.100 beneficiários. Considerando-se somente de junho a julho deste ano, foram quase 5 mil famílias a menos no programa só na capital mineira. 

Para 2018, as limitações no orçamento irão impor a retirada de 2 milhões de famílias do Bolsa Família no país. Serão 8 milhões de pessoas sem acesso ao benefício no próximo ano, nos cálculos da secretária Rosilene Rocha. Um mar de gente desamparada e sem perspectivas de um futuro melhor. 

  

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