Os dois lados da queda da moeda americana

24/02/2017 às 23:23.
Atualizado em 16/11/2021 às 00:43

Comerciantes mineiros que trabalham com produtos exportados estão radiantes com a queda do dólar de mais de 10% no início deste ano em comparação com o fechamento de 2016. A expectativa é que a redução seja repassada durante os próximos dois meses, caso o cenário continue assim. 

É, sem dúvidas, uma boa notícia para um setor que emprega muita gente, que passa a ter menos risco de perder o emprego. Além de um fôlego para os negócios e uma esperança de melhoria em um médio prazo, a queda no dólar pode contribuir para um recuo ainda maior da inflação. É que não só os azeites, o vinho e as frutas orientais são contadas em dólar. A farinha que faz o pão do dia a dia também tem forte influência da moeda americana. 

A corrida de quem vai viajar para ao exterior às casas de câmbio é bastante justificada, pois na última vez que o dólar esteve neste patamar a subida foi tão drástica que inviabilizou a viagem de muita gente. Mas conforme orientação dada por especialistas na nossa reportagem, comprar tudo agora pode ser um mal negócio e o que é necessário é ter calma. 

No entanto, em economia, é muito raro ter um momento em que todos ganham, principalmente em um ambiente como o que o Brasil está vivendo. Se tem gente ganhando com a mudança de patamar do dólar, há pessoas também preocupadas. Pode ser o caso de quem exporta produtos. 

Esse grupo de empresas, dos mais variados setores, estão conseguindo passar pela crise com certa desenvoltura. Há alguns meses, com o dólar alto, os preços estavam mais competitivos no mercado externo. Esses negócios devem sofrer uma retração e esses postos de trabalho passam a ter o risco de serem fechados.
O certo é que a situação desse perde e ganha não deve melhorar caso não haja uma recuperação do poder de compra do trabalho brasileiro e um reaquecimento da economia internamente no país. 

Com a economia aquecida, o empresário tem opções de exportar ou comercializar por aqui mesmo, de acordo com o cenário mais favorável, conservando o negócio e os investimentos. 

Ainda no fundo do poço, ficamos é torcendo para que a economia mundial siga mais tempo sem nenhum solavanco para que, pelo menos, manter a inflação controlada. 

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