Parcelar gasolina, só em último caso

18/12/2017 às 21:36.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:20

Os preços nas alturas da gasolina - o litro está sendo vendido, em média, por R$ 4,09 em Belo Horizonte -, estão afugentando a clientela dos postos de combustíveis. Para reverter a quedas nas vendas e fazer com que o motorista tire o pé do freio, alguns estabelecimentos na capital decidiram aumentar as facilidades. Estão parcelando os valores em até três vezes no cartão de crédito. No caso de troca de óleo e serviços para manutenção do veículo ou compra de acessórios, os parcelamentos chegam a até seis vezes. Ou seja, o motorista compra e leva hoje, mas só termina de pagar em junho do ano que vem. 

No entanto, todo cuidado é pouco na hora de usar o dinheiro de plástico, especialmente para usá-lo para encher o tanque do carro. Na opinião de especialistas em finanças e professores de economia, mesmo como todos atrativos oferecidos pelos postos de combustíveis, é preciso ter cautela. 

Uma dica valiosa é pesquisar preços, uma vez que a variação de valores é grande. De um posto para o outro, dá para economizar uns tostões. Também não é recomendável ficar parcelando a compra de gasolina todos os meses, pois as dívidas no cartão de crédito vão se acumular e os consumidores correm o risco de pagar juros exorbitantes, superiores a 280%. O perigo de se criar uma bola de neve é real, pois combustível é algo que o motorista vai precisar sempre. 

Cartão de crédito não foi feito para financiar despesas correntes, como gasolina e compras de supermercado, por exemplo. Nesses casos, antes mesmo de terminar de pagar a fatura, o consumidor já está demandando aquele produto novamente. 

Vale frisar ainda que o que é aparentemente vantajoso, à primeira vista, pode custar bem mais caro na verdade. Segundo informações do o site Mercado Mineiro, o preço médio do litro da gasolina é R$4,081 nos estabelecimentos que possuem apenas as formas convencionais de pagamento. 

Já nos postos que ofertam o parcelamento, a bomba chegar a marcar até R$4,299. No caso do etanol, o preço médio na capital é de R$2,902, com os postos que dividem o pagamento cobrando até R$3,099. A diferença é grande e certamente pesa para o motorista, que já anda com o bolso pra lá de desfalcado. 
 

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