Os dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgados ontem pelo Ministério da Saúde, mostram Belo Horizonte (10,1%) ao lado de Natal (10,1%) no segundo lugar no ranking do número de pessoas diagnosticadas com diabates, perdendo apenas para o Rio de Janeiro (10,4%). No período do levantamento, de 2006 a 2016, o percentual de pessoas com a doença saltou de 5,5% para 8,9%, respectivamente.
Outro número que chama atenção na pesquisa do Ministério da Saúde é e expansão de 60% da obesidade no país: passou de 11,8% da população em 2006 para 18,9% em 2016. Duas entre cada dez mulheres que vivem nas capitais estão obesas. Também nessas cidades, quatro entre cada dez habitantes têm hipertensão e mais da metade tem sobrepeso.
A hipertensão saltou 14,2% na década, passando de 22,5% em 2006 para 25,7% da população no ano passado. No mesmo período, o indicador de excesso de peso saltou de 42,6% (2006) para 53,8% (2016).
A pesquisa da Vigetel, realizada no período de fevereiro a novembro do ano passado com 53.210 pessoas, em todas as capitais, mostra que o sobrepeso, a obesidade, a hipertensão e o diabates têm crescido a cada ano, caminham juntos e que é necessário políticas de estado intensas e abrangentes que colaborem de forma mais efetiva com uma alimentação saudável e balanceada e a prática de atividades físicas regulares.
Com a ampliação da expectativa de vida dos brasileiros, é necessário que essas ações não fiquem restritas apenas ao âmbito federal, mas que estados e municípios também incentivem essas práticas saudáveis e busquem reduzir cada vez mais o uso de refrigerantes e de sucos artificiais.
Além disso, ficou claro nessa pesquisa do Ministério da Saúde que quanto maior a instrução do entrevistado, maior também é a sua conscientização sobre os riscos e sobre a prevenção das doenças.