Risco de Copa sem cerveja artesanal

31/05/2018 às 21:51.
Atualizado em 03/11/2021 às 03:22

O mercado de cerveja artesanal alcançou um crescimento vertiginoso em Minas Gerais nos últimos anos. Cálculos do Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral do Estado (SindBebidas) apontam para a presença de 70 fábricas instaladas em solo mineiro. Cerveja é um dos ingredientes que não pode faltar, para grande parcela dos torcedores, durante os campeonatos mundiais. No entanto, o produto artesanal, que conquistou nos últimos anos lugar de destaque no mercado, pode faltar durante a Copa do Mundo, que começa em 14 de junho. 

Produtores mineiros, que formam um cinturão cervejeiro, reclamam que toneladas de insumos ficaram presas nas estradas por causa da greve dos caminhoneiros e os estoques para a produção que irá abastecer os bares e restaurantes na Copa começam a chegar ao fim. 

Se a situação não for resolvida nos próximos dias, será um grande prejuízo para esses produtores que, nos últimos anos, com criatividade e busca frequente de estudos e qualificação, mostraram ser possível desenvolver uma atividade econômica que gera renda e emprego, além de oferecer um produto de qualidade e diferenciado aos consumidores brasileiros, habituados no passado ao consumo apenas das cervejas industrializadas. 

A Copa também representa uma grande oportunidade para que os cervejeiros difundam ainda mais o produto, uma vez que os bares e restaurantes são os principais pontos de encontro dos torcedores, que certamente não abrem mão de uma “gelada”. Nos últimos anos, muitos bares se especializaram na venda dos produtos e outros mesclam nas prateleiras garrafas da bebida artesanal e de rótulos industrializados. A produção “caseira” alcança quase 2 milhões de litros ao mês, conforme o SindBebidas. 
O mercado estimula também a criação de escolas em Minas para formação de produtores de cerveja artesanal, comandados por professores que foram buscar a formação em países como a Bélgica, que se destaca mundialmente no setor. A torcida é para que os insumos cheguem a tempo para não trazer prejuízos aos cervejeiros e à economia mineira, que, segundo a Federação das Indústrias de Minas Gerais, pode registrar perdas de mais de R$ 11 bilhões em função da greve dos caminhoneiros. Os torcedores e a economia agradecem.{TEXT}

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