Roubos e furtos miram empresas em Minas

14/11/2017 às 23:04.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:42

Como se não bastassem a crise econômica e política, a burocracia, a alta carga tributária, o empresário brasileiro ainda enfrenta mais um grande problema: a violência. Por causa dela, investimentos nos negócios deixam de ser feitos e rios de dinheiro são gastos em segurança. Claro que esses custos acabam caindo no colo do consumidor final.

Pesquisa realizada pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) mostra que aproximadamente quatro em cada dez empresas sofreram roubo, furto ou algum ato de vandalismo em 2016. Justamente no ano em que o segmento amargou perda de quase 12% no faturamento, segundo estudo da mesma organização.

O levantamento da Fiemg apontou que, no total, 37% dos entrevistados sofreram com a violência em seus negócios. As grandes empresas foram as principais vítimas dos criminosos, com 41% dos casos registrados. Entre as médias, o número ficou em torno de 27%. Já nas pequenas indústrias, 38% tiveram prejuízo provocado por roubo, furto ou vandalismo.

A violência engole parte do lucro das empresas. Não se sabe o tamanho do rombo em Minas Gerais. No entanto, no Brasil, R$ 5,8 bilhões foram pelo ralo em função da bandidagem. Além do roubo de equipamentos caros e de alta tecnologia e outros materiais, a violência exige do empresário a destinação de montantes significativos para a segurança privada e seguros. Os itens engolem 0,35% e 0,38% do faturamento em Minas Gerais, respectivamente. Assim, sobra bem menos recurso em caixa para investir em produtividade e geração de emprego.

A cada ano que passa, cresce também o número de assaltos, furtos, crimes contra o comércio. Nos últimos 12 meses, até agosto, 55% dos supermercados registraram algum tipo de violência contra 44,5% no mesmo período do ano passado. E o assalto à mão armada a comerciários representa 55% dos crimes registrados, enquanto que em 2016 esse índice era de 26,8%.

Os dados da pesquisa feita pelo Sincovaga BH em parceria com a área de Estudos Econômicos da Fecomércio MG evidenciam que o comerciante não tem mais sossego para trabalhar. Ganhou mais uma dor de cabeça em meio a tantos outros problemas que o empresário brasileiro já tem que enfrentar.
 

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