Setor de Food Trucks padece

19/01/2018 às 21:57.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:51

Os Food Trucks conquistaram os consumidores pela praticidade e os novos hábitos de alimentação fora de casa, já que a população está cada vez mais sem tempo. Entraram firme no mercado, principalmente, a partir de 2013, quando o setor chegou faturar R$ 116,55 bilhões no país, segundo dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). No ano seguinte, esse movimento saltou para R$ 140 bilhões, uma expansão de 20% em relação ao ano anterior. Importada dos Estados Unidos, a ideia de vender comida sobre rodas conquistou a população e serviu até como uma alternativa de renda diante a crise enfrentada pelo Brasil.

No auge dos negócios, alguns empreendedores chegaram a faturar até R$ 4 mil por dia em Belo Horizonte, de acordo com a Associação Mineira de Food Trucks. Porém, a “febre” do setor passou e, em 2017, as vendas registraram uma queda de 40% em relação ao ano anterior, o que provocou uma recuo no movimento diário, com ganhos caindo para a casa dos R$ 1 mil. Dos 170 carros adaptados, que servem alimentos artesanais como massas, hambúrgueres e panquecas, entre outros, sobraram apenas 100 na capital mineira.

Alguns proprietários de Food Trucks chegaram a investir pesado e recuperaram o aporte feito em menos de um ano. Outros, porém, estão até hoje pedalando para cobrir os gastos com a aposta no novo negócio. Com o recuo nas vendas desse segmento, muitos empreendedores mudaram de ramo e os que ainda permanecem na atividade têm apostado agora em shows, festivais musicais e até casamento. As praças da capital também se tornaram uma alternativa para ampliar a renda.
Um projeto para regulamentar os Food Trucks na capital se encontra parado na Câmara desde 2005. A promessa é de que ele seja levado a plenário ainda neste semestre. Duas outras propostas também não saíram do papel. No ano passado, outro projeto com o aval de 22 vereadores passou em duas comissões da Casa, mas esbarrou na de Meio Ambiente. 

Independentemente da falta de regulamentação, essa não é a questão crucial. Fato é que a crise pegou todo mundo. O consumidor se viu obrigado a ajustar as finanças, deixando gastos extras fora da lista. Além do mais, o boom teve tudo a ver com a novidade importada. 
 

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