Uma resposta para a sociedade

22/05/2018 às 21:53.
Atualizado em 03/11/2021 às 03:12

 Um desfecho para o julgamento do chamado “mensalão mineiro” parece mesmo ter sido dado ontem, com a determinação da prisão imediata do ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB) pelo Tribunal de Justiça do Estado.  Com a decisão da 5ª Câmara do TJMG, que negou os pedidos de embargos declaratórios apresentados pela defesa, a sociedade finalmente tem resposta para um caso de denúncia de corrupção e desvio de recursos públicos que já se arrasta nos tribunais há 20 anos e que é protelado ano após ano com as brechas permitidas pela própria Justiça, que permite diversos recursos da defesa do réu.  Azeredo foi denunciado e condenado por envolvimento em um esquema de corrupção montado para beneficiar a campanha de reeleição dele ao governo mineiro, em 1998. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), mais de R$ 3 milhões foram desviados de empresas estatais mineiras para irrigar os cofres da campanha. Foi o que a investigação apontou. A Justiça levou nada menos do que 12 anos para condenar e mandar prender Eduardo Azeredo, considerado “o pai do mensalão”.  Em 2015, ele foi condenado pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro pela primeira vez. No ano passado, a condenação foi confirmada em segunda instância e a pena aplicada ao político foi reduzida em 9 meses –ficando em 20 anos e um mês. O recurso negado ontem era o último possível na segunda instância...na segunda instância. Azeredo se agarra ainda a um recurso impetrado em outro degrau, o Superior Tribunal de Justiça (STJ). O novo capítulo dessa novela traz a esperança de que o mau uso do dinheiro público não acabe sempre em pizza e desrespeito ao cidadão. Antes tarde do que mais tarde. Antes tarde do que nunca.  

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