Avanços na transformação da vida política

02/02/2018 às 22:19.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:07

Transformação política não se faz apenas com ideias. É necessário haver pessoas comprometidas com a renovação, preparadas e dispostas a romper com os paradigmas políticos e partidários que tantos males impuseram ao Brasil nas últimas décadas. É por este processo de mudança, de reestruturação do pensamento e da práxis política, que a Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (Raps) vem se batendo desde 2012, quando foi criada.

Na semana passada, a Raps divulgou a relação de 102 pessoas de todo o país que passaram por um intenso processo de seleção e que terão o apoio da instituição para concorrer às eleições de outubro. Mais de mil pessoas se inscreveram para a seleção, ainda no fim de 2016. Os selecionados, que disputarão vagas na Câmara Federal, nas assembleias estaduais, no Senado e em governos estaduais, serão capacitados pela Raps para a disputa eleitoral.

Há pessoas das mais diversas origens e histórias de vida na relação de 102 novos líderes Raps, fruto de uma preocupação em dar representatividade à diversidade da população brasileira. Há representantes indígenas, ativistas transexuais, ex-integrantes de cargos públicos no governo federal, líderes comunitários e também políticos já atuantes, como os vereadores Mateus Simões (NOVO) e Doorgal Andrada (PSD), de Belo Horizonte.

Em comum, a manifesta preocupação com a sustentabilidade, um dos princípios da Raps, e o entendimento de que é necessário colocar em prática um novo modelo de fazer política, livre do patrimonialismo e do fisiologismo que sempre caracterizaram as estruturas partidárias e de poder do Brasil. São estes os conceitos que as novas lideranças da Raps irão disseminar a partir de agora.

Nos próximos meses, os líderes continuarão a receber o apoio da Raps com cursos, imersões e a concessão de bolsas de estudo para alguns grupos de candidatos. Há gente dos mais diversos partidos, pois a proposta do trabalho é romper com os paradigmas que norteiam as siglas existentes no país e se voltar para a política cidadã.

Como integrante da Raps e um dos coordenadores do processo de seleção que culminou com a escolha desses 102 líderes, o que mais me chama a atenção é o fato de a iniciativa ter nascido e se consolidado longe da estrutura tradicional de poder no país.
Foram pessoas interessadas em participar da política que se articularam para transformar esse projeto em realidade. Não há outro caminho a ser seguido. Aos cidadãos cabe participar e ocupar espaços na vida pública.

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