Quanto maior a participação popular, melhor para o país

09/02/2018 às 20:53.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:15

Com a apresentação, no fim de janeiro, da primeira turma de bolsistas do Renova BR, chegou ao término a etapa inicial de um ambicioso projeto de selecionar e preparar lideranças políticas regionais para a disputa das eleições desse ano. O processo seletivo teve início em outubro, participei dele desde o início e, ao chegarmos aos 100 nomes agora selecionados, posso afirmar que foi uma das tarefas mais árduas e agradáveis que já realizei desde o início de minha trajetória política.

Árdua porque foram feitas centenas de entrevistas com os candidatos às bolsas, por conferência eletrônica. Houve dia em que conversei com cinco, seis pessoas, procurando conhecer suas habilidades, avaliar sua disposição em se envolver em uma campanha política e, principalmente, o que motivou essa gente, das mais variadas origens, a atuar politicamente em um momento tão difícil e tão carregado de descrença e pessimismo.

Essas conversas aumentaram minha satisfação em fazer parte do projeto do Renova BR, que concedeu bolsas para que esses 100 candidatos possam se preparar para a disputa eleitoral. O que ouvi, nas entrevistas, foi uma injeção de ânimo e otimismo. As pessoas querem participar da política, têm ideias e ideais que podem contribuir para a consolidação das boas práticas políticas no Brasil. O que lhes falta é justamente o incentivo, a indicação do caminho para que possam atuar na vida pública sem se submeterem ao jogo de fisiologismo

É justamente essa via que o Renova BR abre para os bolsistas. O movimento, criado para renovar o Congresso Nacional com a eleição de novas lideranças, objetiva reduzir o abismo que separa os caciques dos partidos das pessoas que tentar ingressar na política. O processo terá continuidade nos próximos meses, com orientação e assessoria ao 100 concorrentes selecionados. Há também a previsão de abertura de mais 50 vagas, para ampliar a presença de candidatos de estados que não estão representados neste primeiro grupo.

O mais importante para mim nesta maratona de seleção e cursos é a diversidade de propostas e representatividade trazida pelos bolsistas. É uma demonstração inequívoca de quanto a participação cidadã pode oxigenar a política e ajudar a remover as práticas antigas, mofadas e autoritárias. O grupo reúne de líderes comunitários a representantes da militância LGBT, de ex-ocupantes de cargos de primeiro escalão a professores e sindicalistas. Todos focados em atuar politicamente e fazer do Brasil um país melhor.

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