Na semana do professor, aproveitei o recesso escolar e viajei com a família para o México. O guia nos alertou sobre a “maldição de Montezuma”. Trata-se da crença de que o espírito do antigo imperador asteca, inconformado com a chegada dos espanhóis, decidiu envenenar as águas mexicanas. Há várias décadas, a ciência identificou a fonte do problema, que não se refere a nenhuma força transcendental. Em vários hotéis, podemos encontrar duas torneiras na pia do banheiro. Uma é para lavar as mãos e a outra, para escovar os dentes.
A tal “maldição de Montezuma” me fez pensar noutras maldições, que podem atrapalhar a empreitada dos “concurseiros”: as dos invejosos. Quando você tem o firme propósito de triunfar, as pessoas ao seu redor não ficarão indiferentes. Isso despertará bons ou maus sentimentos. Você encontrará pessoas dispostas a te ajudar. Mas também tropeçará noutras que farão de tudo para atrapalhar.
O perigo pode vir de um vizinho, de um colega de trabalho, de um colega de cursinho, ou mesmo de um amigo pelo qual temos o maior apreço. Em alguns casos, o perigo pode estar dentro da própria família. A inveja pode surgir quando queremos apenas compartilhar a alegria da boa preparação nos estudos. É por isso que a classifico nos tempos passado e futuro.
A inveja do passado diz respeito às nossas realizações. O invejoso pode até te odiar, mas será impotente diante de uma conquista que já é sua. Já a inveja do futuro é venenosa. Vejamos alguns exemplos: o chefe que designa uma missão no Domingo, exatamente no dia da prova; o familiar que aumenta exageradamente o volume da música na hora dos estudos; o vizinho que tenta te tirar da trajetória dos estudos: “Para que você está estudando? Você não tem condições de passar mesmo!” Essa maldição é pior que a de Montezuma.
Temos de ser cautelosos nos comentários sobre nossos planos de futuro. Mesmo assim, haverá os que tentarão te atrapalhar. Não se importe com isso. Com o seu firme propósito de triunfar, o que eles conseguirão é fazer suas derrotas menos amargas; e suas vitórias, muito mais saborosas.