Na semana passada eu escrevi um artigo em que falei do encontro amistoso com um juiz, amigo desde os tempos de graduação na UFMG. Fiquei feliz em saber que ele lê periodicamente estes textos.
Contei a história de quando o vi chorando por causa da crise de soberba da mãe de um garoto que ele havia contratado para lavar o carro: “Meu filho não precisa de esmolas!” – ela esbravejou no intervalo das aulas. Recentemente foi a vez do garoto chorar. Agora, já homem formado, esteve diante do juiz para uma audiência em que é acusado de estelionato.
Sobre aquele artigo, recebi críticas e elogios. Aliás, leitores e leitoras, vocês estão me deixando mal acostumado com o predomínio dos elogios.
Quanto às críticas, vieram com pesadas cargas ideológicas. “Ele se tornou estelionatário porque não teve oportunidade na vida”. Esta foi a frase repetida em muitas mensagens.
Nesta jornada de 15 aprovações em concursos e duas décadas no magistério, eu me deparei com muitas pessoas que tinham tudo para se dar mal. Eu me deparei com pessoas, cujos familiares negaram oportunidades, embora tivessem como ajudar. Conheci advogados, médicos, funcionários públicos, alunos etc. que construíram suas próprias oportunidades.
É claro que algumas pessoas acabam por se envolver em caminhos tortos porque nem sequer conseguem construir suas oportunidades. Mas, por outro lado, existem os bem nascidos que se tornam bandidos engravatados.
Desse modo, agradeço pelos elogios e também pelas críticas, embora eu não concorde com algumas delas, sobretudo as que vieram carregadas de ideologia. E para você, leitor ou leitora, deixo esta mensagem: seja qual for a oportunidade que você aguarda (ou pretende construir) ela passa pelo caminho do empenho, do afinco, da abnegação e da disciplina nos estudos.
Então, bons estudos. E que eles te tragam as melhores oportunidades.