Durante a preparação para o Enem ou para algum concurso, muitos candidatos desistem após consultar o programa de estudos. Eles se assustam com terminologias que lhes parecem estranhas, cujos conteúdos acham que nunca aprenderão.
Ora, quantas pessoas de sucesso você conhece que sabem tudo? Ninguém é assim. Bem, existem uns arrogantes que pensam que sabem tudo.
Suponha que você esteja fazendo o Enem, mas não saiba fazer cálculo infinitesimal ou com incógnita derivada. Seu professor de matemática que me desculpe, mas você pode ser feliz sem saber isso.
Para passar num concurso ou vestibular, não é necessário que você seja um sabe-tudo. Não é sequer necessário que você domine todo o programa de estudos. Alguns temas talvez não sejam do seu domínio.
Não se aflija com isso e nem se ache inferior aos demais candidatos. Há momento na vida em que temos de reconhecer nossos limites. E, na guerra dos concursos e vestibulares, os limites podem ser de horas disponíveis para estudos, conhecimentos auferidos ao longo da vida, etc.
Mas seja qual for seu limite, não desista. E faça como aquele atleta que, ao chegar à velhice, viu-se limitado, mas não perdeu a capacidade de rir de si mesmo. E continuou malhando dentro das suas possibilidades.
Quando chegou um jovem na academia e preparou uma barra com 120 quilos, o atleta da terceira idade disse em voz alta para as garotas ouvirem: “120 quilos é pouco”.
O jovem ficou surpreso, mas seguiu malhando. Ao terminar os exercícios, ficou observando qual seria o acréscimo que o velhinho faria nos pesos. E este, mantendo o tom para todos ouvirem, disse à filha que o acompanhava na malhação:
– Coloca aí, minha filha: cento e trinta e cinco... Não, coloca mais: cento e cinquenta... Mais um pouco: cento e setenta... e cinco... gramas.