Todo pai que se preza, pelo menos uma vez na vida, já disse a cada um dos seus filhos: “Quando você crescer...”. São várias as formas para se completar essa frase: 1) quando você crescer vai para São Paulo; 2) quando você crescer vai se formar numa faculdade; 3) ...vai passar num concurso; 4) ...vai fazer uma bela carreira, etc.
Os pais são assim mesmo: projetam nos filhos os sonhos mais profundos. Mas, com a proximidade do Dia das Crianças, devemos perguntar diretamente a elas: o que você quer ser quando crescer?
A propósito, é uma grande honra saber que, entre meus leitores, há muitas crianças e adolescentes. Então, é a esses leitores que pergunto como gostariam de completar essa frase: quando eu crescer...
Antes de completá-la, talvez você pense nas dificuldades da vida (as que já existem e as que você imagina que existirão no futuro). Talvez você pense que seu vizinho tenha uma melhor posição social ou, simplesmente, tenha sido premiado por Deus com mais inteligência.
Bem, quanto a Deus, todas as denominações cristãs pregam a generosidade d’Ele. Assim, eventuais diferenças genéticas, embora possam contribuir com talentos específicos, não dispensam o esforço pessoal para desenvolvê-los. Tanto é verdade que há muitas pessoas inteligentes que se dão mal na vida, justamente por não se esforçarem para desenvolver seus melhores atributos.
Quanto à condição social, não vivemos numa monarquia absolutista. As oportunidades não são mais reservadas ao nascido em berço de ouro, quando recebia, desde criança, um título de nobreza pelo simples fato de ser filho do sobrinho do primo do bisneto do “Barão da Cocada Preta”. Aliás, as monarquias modernas não mais adotam esses critérios de nascimento. Em vez disso, regimes monárquicos como o inglês também prestigiam o mérito para a ocupação dos cargos públicos.
Então, jovem leitor, olhe os adultos a seu redor e procure conhecer melhor a história daqueles que você considera bem sucedidos. Na maioria dos casos, você encontrará uma diferença marcante em relação a outras pessoas. Não se trata da medida de inteligência e nem da condição de nascimento. Trata-se de uma decisão importante que a maioria deles tomou em algum momento, ainda na infância: a decisão de serem esforçados.
É assim que esses adultos construíram seus sonhos desde quando eram crianças, independente de qualquer condição. É assim que eles buscaram resposta à pergunta que agora eu faço para você completar: quando eu crescer...