A última sexta-feira não foi apenas um feriado. A História do Brasil registra a execução de Tiradentes, em 21 de Abril de 1792, como o episódio marcante no sentimento independentista.
Em torno do dentista prático, comerciante e líder militar Joaquim José da Silva Xavier, Cecília Meireles escreveu O Romanceiro da Inconfidência, cujos versos contribuíram para imortalizar nosso herói nacional. Eis um trecho da obra, em que a autora fala sobre a liberdade, expressão mais pronunciada nas reuniões dos Inconfidentes: “Liberdade - essa palavra que o sonho humano alimenta: que não há ninguém que explique, e ninguém que não entenda”.
Assim como a grande escritora, são atribuídas a Tiradentes frases de efeito, que revelam a sua veia poética. Numa das reuniões para traçar as estratégias da Revolução, teria dito: “O papel mais arriscado, quero-o para mim”. Também lhe são atribuídas frases que conclama a população a juntar-se à causa republicana. Veja uma delas: “Se todos quisessem, poderíamos fazer do Brasil uma grande nação”.
Traído por Joaquim Silvério dos Reis, numa autêntica delação premiada do Século XVIII, nosso herói foi preso. Num esforço de abnegação, ele assumiu a culpa e tentou inocentar a maioria dos Inconfidentes. De certo modo, conseguiu. Afinal, outros que também foram condenados à morte tiveram a pena comutada pelo degredo perpétuo na África.
Durante a cerimônia de execução, o padre que dava assistência religiosa ao condenado virou-se para a multidão e disse: “Jamais traiam a Rainha, nem por pensamento”. Mas, perguntado pelo mesmo padre se tinha algo a declarar, o Mártir da Inconfidência eternizou mais uma frase: “Se dez vidas eu tivesse, dez vidas eu daria”.
Então, você que está na luta dos estudos, tome o exemplo de Tiradentes. Diante dos desafios de cada uma das avaliações de aprendizagem, faça esta paráfrase: “Se dez provas eu tivesse, dez provas eu faria”.
Bons estudos.