Sofrer se preciso for, desistir jamais

22/04/2017 às 18:01.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:14

No dia 05 de maio, comemoramos o aniversário de um dos homens mais ilustres de toda a humanidade. Em 1957, aos noventa e dois anos de idade, foi indicado para o Prêmio Nobel da Paz. Faleceu alguns dias após, em 19 de janeiro de 1958. Em reconhecimento a sua obra, seu nome foi escrito no Livro de Ouro da “Geographical Society of New York”.

Falava várias línguas e se orgulhava de ser bisneto de índio, tanto da parte paterna como materna. Aluno exemplar do General positivista Benjamin Constant, seguiu os passos do mestre. Assim, o jovem Cândido Mariano da Silva Rondon foi um dos primeiros militares a se juntar à causa republicana.

Designado para as expedições visando à instalação de telégrafos no sertão, também cumpriu outra importante missão: interiorizar a nossa cultura, com base no respeito às tradições indígenas. Tanto que, passados quase sessenta de sua morte, é idolatrado pelas tribos com as quais conviveu.

Tal como seus ascendentes, nasceu praticamente dentro de uma aldeia indígena no Mato Grosso. Ficou órfão aos oito anos e foi morar com um tio. Ingressou no Exército aos dezesseis anos. Formou-se em Ciências Naturais, tornando-se exímio conhecedor da nossa Geografia e Geologia. Também se formou em Matemática, Física, Astronomia, Engenharia, tendo brilhado na Escola Superior de Guerra.

A julgar pela sua origem, tudo indicava um futuro de pouca sorte. Qual foi, então, o diferencial que o levou a triunfar, galgando o cargo de Marechal? Não tenho dúvida em responder: empenho, determinação e disciplina. Mais ainda: respeito ao próximo. Ele é, portanto, um exemplo para quem quer ser bem sucedido, seja num concurso público, numa formação acadêmica, num empreendimento, etc.

Entre outras frases dele, há uma que somente um humanista poderia dizer, referindo-se a sua visão sobre o contato com os índios: “Morrer se preciso for, matar jamais”. Não se tratava de uma simples retórica. Afinal, quando foi ferido com uma flecha, ordenou às tropas que não reagissem. Assim, parafraseando-o, e desejando sucesso aos leitores e leitoras, eu digo: “sofrer se preciso for, desistir jamais”.

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