O último mundial de Bolt

14/08/2017 às 13:43.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:04

Ocorreu, nesta última semana, a despedida do grande astro do atletismo mundial, Usain Bolt. O jamaicano encerrou sua carreira no esporte durante o Campeonato Mundial de 2017, que ocorreu no período de 4 a 13 de agosto, em Londres, Inglaterra. 


O palco foi o estádio olímpico construído para os Jogos de 2012, na área conhecida como Queen Elizabeth Park. Dentre os mais de 2 mil atletas, de 205 países participantes, sem dúvida, aquele que mais atraiu os holofotes foi o velocista jamaicano, que teve sua final da prova dos 100m assistida por mais de 1 milhão de espectadores ao redor do mundo.

Porém, como o esporte sempre guarda inúmeras surpresas, na prova em que todos esperavam a grande vitória de Bolt, os 100m rasos, veio apenas um terceiro lugar. Não foi o resultado esperado, porém o que o público mais desaprovou foi a perda do ouro para o polêmico Justin Gatlin. O norte-americano tornou-se o mais velho velocista a ganhar um Mundial, aos 35 anos, e, ao longo da carreira, já foi banido do esporte por doping por duas vezes. Outra estrela que também inicia sua despedida das pistas (porém não do esporte) neste Mundial é o britânico Mo Farah, detentor de quatro ouros olímpicos e seis títulos mundiais.

Este campeonato também foi marcante para o Brasil, que levou uma delegação de 36 atletas e teve como destaque a quebra do recorde sul-americano dos 100m feminino, por Rosângela Santos (10.91s, um excelente resultado). A velocista brasileira foi para a final da prova sendo a primeira atleta sul-americana da história a brigar por uma medalha no Mundial na prova mais rápida da modalidade. E terminou em 7º lugar.

Outros bons resultados brasileiros foram a nona colocação no arremesso de peso feminino, com Geisa Arcanjo, e a participação da equipe feminina na final do revezamento 4x100m. Não são os melhores resultados, porém, dentro da nossa realidade, a participação de um atleta do país em uma final de Mundial já deve ser celebrada. 
Também podemos destacar a boa participação da equipe polonesa, parceira do CTE/UFMG, aparecendo consistentemente tanto no quadro de medalhas como também no quadro por pontos (utilizado como avaliação do sistema de formação dos atletas no país).

Com a saída das pistas de algumas estrelas do esporte, como Bolt e Farah, surge espaço para o brilho de novos ídolos, como a polonesa Anita Wlodarczyk, que já tem sua supremacia consolidada no lançamento do martelo, detendo as 11 melhores marcas de todos os tempos e sagrando-se tricampeã mundial em Londres.

Fica nossa gratidão a atletas como Bolt, que, sem dúvida, contribuíram ricamente para a divulgação do atletismo mundial, atraindo mais jovens para este tão fantástico esporte pelo qual lutamos diariamente para seu crescimento aqui no Brasil!

*Colaborou Ingrid Moreira

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