Consumidor deve fugir do endividamento

10/06/2016 às 23:27.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:50

O agravamento da crise econômica no país, com o aumento do desemprego – que atingiu no mês passado 11,4 milhões de pessoas – e a alta de preços de forma generalizada, tem levado muitos consumidores a ficarem atolados em dívidas. Despesas básicas de casa como as contas de água, luz e telefone também têm sido relegadas a segundo plano e, muitas vezes, só são quitadas quando o consumidor já recebe o comunicado da empresa de que haverá a suspensão dos serviços.

Da mesma forma, vários pessoas têm insistido em rolar as dívidas com cartão de crédito, cujas taxas anuais hoje ultrapassam os 400%, transformando a dívida numa verdadeira bola-de-neve. Os juros praticados atualmente também no cheque especial superam  os 250%. Nesse momento de crise, o consumidor deve buscar a redução do endividamento, com opções de linha de crédito mais baratas – que mesmo assim ainda são bastante salgadas.

Para se ter uma ideia, o consumidor endividado no cheque especial, com juros mensais hoje acima dos 15%, pode muito bem buscar linhas de crédito com taxas em torno de 5%, garantindo assim perspectivas melhores. Outra boa opção  para fugir do endividamento é fazer a portabilidade de dívidas. Hoje, muitas instituições assumem o restante das parcelas com juros bem menores.

Os consumidores que querem manter as rédeas dos gastos mensais, contam hoje também com uma série de aplicativos e até mesmo o Guia do Endividado, que pode ser baixado, gratuitamente, no site da Proteste – Associação de Consumidores (http://bit.ly/1Ow7WW0).

A intenção da Proteste com essa ferramenta é levar ao consumidor orientações para adequar o seu orçamento às dificuldades enfrentadas. A entidade reforça também a importância da renegociação de dívidas e lembra ainda que o alerta do endividamento deve ser acionado quando se tem 30% da receita comprometida com dívidas.

Para sair do endividamento, a Proteste sugere  que o consumidor dê preferência à quitação de dívidas, abra mão de alguns gastos pessoais e de lazer, e faça pequenas economias em casa. Muitas vezes, pode ser necessário trocar o carro por um modelo mais barato e econômico, suspender a TV por assinatura, trocar marcas de produtos mais caras por outras mais em conta. A entidade lembra ainda que qualquer renda extra como 13º salário, adicional de férias e eventual restituição do Imposto de Renda, deve ser utilizada para quitação ou amortização da dívida. Com um certo sacrifício, o consumidor chega lá!

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