Kalil se aproxima de Lacerda e confirma um time apolítico

07/12/2016 às 20:45.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:59

Ao cumprir a promessa de campanha, de não convidar políticos para seu secretariado, o prefeito eleito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS), montou um time de técnicos competentes, buscando-os em vários partidos, que vão do PSDB ao PT e o PSB do prefeito atual Marcio Lacerda. Ele fez aproximação com Lacerda ao manter, no primeiro escalão, o nome de extrema confiança dele e que o acompanha desde a iniciativa privada, que é o secretário Josué Valadão (PSB), na Secretaria de Obras.

Durante a transição, Kalil ficou impressionado com o tamanho da máquina administrativa e está disposto, pelo poder político que construiu com sua eleição, a cortar fundo na administração municipal. A presença de Valadão, nessa primeira etapa, da reforma administrativa, terá a função de sinalizar onde e como serão feitos os cortes sem provocar colapso no serviço público.

A aproximação com Lacerda se deu ainda no segundo turno, quando Valadão passou a apoiá-lo, já que o distanciamento com os tucanos, ex-aliados, foi se ampliando com a campanha. Além dos aspectos gerenciais, o diálogo com Lacerda, que é presidente estadual do PSB, pode se ampliar já que Kalil e outros 16 prefeitos eleitos, entre eles o de Betim, Vitorio Mediolli (PHS), e o de Contagem, Alex de Freitas (PSDB), buscam novo abrigo partidário para os próximos desafios. Lacerda, que saiu desamparado nessa campanha, poderá também reencontrar um futuro político.

À exceção de seu vice, deputado Paulo Lamac, político da nova geração e de perfil técnico, na equipe, Kalil investiu em nomes tidos como de referência em suas áreas, afastando as pressões políticas tradicionais. Sua ex-assessora nos tempos do Atlético, Adriana Branco será uma espécie de “primeira-ministra”, agregando o gabinete do prefeito, gabinete militar, a comunicação e, provavelmente, alguma empresa, como a Belotur (turismo). Outras empresas poderão ser extintas, como a novata PBH Ativos (loteamentos de terrenos e outros), ou virar autarquias, como a Urbel, Sudecap, entre outras.

Político de sete vidas
Ao expor o Supremo Tribunal Federal (STF) a críticas e a arranhões, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), provou que tem sete vidas. Tem mais de uma dezena de processos nas costas, antigos e novos, é réu no STF, desafiou decisão suprema e conseguiu, ontem, nessa Corte, que adotou decisão politizada e salomônica, ser mantido no cargo, porém sem a prerrogativa de assumir a Presidência da República ante a ausência do atual presidente e do segundo na linha sucessória.

Definição do 13º varou a madrugada
O anúncio oficial do pagamento do décimo terceiro no estado saiu, na manhã desta quarta-feira (7), poucas horas depois que foram feitos e refeitos os cálculos sobre os valores das parcelas. Os técnicos passaram a noite fazendo projeções em somente às 5h da manhã, chegaram aos números que quatro horas depois, às 9 h, seriam divulgados. O próprio governador não sabia, na véspera, dos valores e limites definidos.

Ao final, chegou-se à conclusão que era melhor alcançar a todos os servidores com metade da gratificação, que tem maior importância nos festejos de fim de ano, do que priorizar só os salários menores em desfavor dos médios e grandes. 

Os 40 representantes dos sindicatos saíram de lá, mudos e calados, mas não houve protestos.

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