Pimentel adverte para risco de volta da ditadura no país

28/06/2016 às 06:00.
Atualizado em 16/11/2021 às 04:04

Quatro dias após a operação policial que levou preso o ex-ministro Paulo Bernardo (dos governos Lula e Dilma), em Brasília, e cercou a sede de seu partido, em São Paulo, o governador Fernando Pimentel (PT) voltou a condenar o que chamou de criminalização da “atividade política” no país. 

Apesar da importância das investigações contra a corrupção, o governador avaliou que os políticos, de maneira geral, de vereador a presidente da República, estão sendo tratados como “criminosos” pelo fato de terem mandatos e de estarem na vida pública.
Ele advertiu que, na democracia, não há caminho fora da política. “Fora dela é a ditadura, que nós já passamos por isso e não queremos mais”, disse ele, ontem, em evento público na Cidade Administrativa. 

Ao contestar os excessos, o petista admitiu que malfeitos precisam ser punidos, após apuração com amplo direito de defesa. Em seus comentários, não ficou claro se fazia referência a alguma denúncia, ao impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) ou a operação policial.

Na última quinta-feira, a Polícia Federal (PF), por meio de mandado judicial, prendeu provisoriamente Paulo Bernardo no apartamento funcional da senadora Gleisi Hoffmann, sua mulher, e fez inspeções no local. 

Senadores aliados e de oposição condenaram a ação, que teria desrespeitado o foro privilegiado da senadora, que só poderia (sua residência) ser alvo de investigação após aval do Supremo Tribunal Federal. No mesmo dia, forte aparato policial cercou a sede nacional do PT, em São Paulo, onde também fez buscas e apreensões. Há meses, o governador também é alvo de investigação da PF na Operação Acrônimo, que virou denúncia, ainda não aceita, pelo Superior Tribunal de Justiça. 

Pimentel ainda comparou a situação da democracia brasileira àquele ditado popular segundo o qual “não podemos jogar fora o neném junto com a água do banho”. De acordo com a visão dele, a democracia brasileira seria o “neném”. “Temos que ter cautela. Valorizar a vida pública, valorizar quem defende os direitos da população”, acrescentou.

Reforma administrativa adiada

Mais um adiamento. Os 18 projetos de reforma administrativa do Estado, ou parte deles, não serão mais votados nesta terça. Novo acordo jogou tudo para a próxima semana, quando os deputados estaduais deverão aprovar o pacote fechado.

Diamantina tem novo Juscelino

Sua família foi vizinha e amiga do ex-presidente JK, e ele tem o primeiro nome igual ao dele e o segundo em homenagem à capital federal, inaugurada no dia seu nascimento (21 de abril de 1960). O empresário Juscelino Brasiliano Roque decidiu entrar na política aos 56 anos e tenta seguir os passos de seu inspirador e ídolo. Ele será candidato a prefeito de Diamantina (Alto do Jequitinhonha) pelo PMDB. 

Ex-presidente da Associação Comercial local e ex-provedor da Santa Casa, onde ainda atua como auditor, disse que seu forte é o trabalho social e que nunca teve problemas com os recursos, a maioria públicos, que gerenciou na instituição filantrópica. Ele considerou a atual crise política como meio de sanear a atividade e renová-la, trazendo “gente melhor e mais jovem”.

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