Pimentel avisa que disputará reeleição; só não sabe o vice

16/10/2016 às 10:58.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:14

Uma coisa é dada como certa no governo estadual. O governador Fernando Pimentel (PT) é candidato à reeleição, em 2018, mas não sabe quem será o candidato a vice-governador. 

Essa indefinição sinaliza que o atual vice, Antônio Andrade (presidente do PMDB mineiro) não estará na chapa por conta do rompimento entre eles. No período em que Pimentel esteve ameaçado de ser afastado do cargo, em eventual processo no Superior Tribunal de Justiça (STJ) por denúncias de favorecimento quando foi ministro do Desenvolvimento Econômico (2011/2014), Andrade agiu como opositor.

O STJ decidiu que só poderá processá-lo se a Assembleia Legislativa de Minas autorizar, o que é improvável, já que o governador tem maioria de aliados. 

Essa decisão deixou Pimentel e aliados convencidos de que, controlado o problema judicial, o desafio, agora, é investir no interior, especialmente, nas regiões mais pobres e tentar a reeleição. O mais cotado para vice, se a aliança com o PMDB for mantida, é o presidente da Assembleia, Adalclever Lopes (PMDB).

Polarização no Ministério Público
Doze anos depois, e em situação política oposta, os procuradores de Justiça, Sérgio Tonet e Jarbas Soares, voltam a se enfrentar nas urnas, no dia 11 de novembro próximo, e na política pelo cargo de procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, ou chefe do Ministério Público. Em 2004, Tonet foi o mais votado entre promotores e procuradores, mas viu o terceiro colocado (Jarbas Soares) ser o escolhido por decisão do então governador Aécio Neves (PSDB). Soares foi, em seguida, reeleito (mandato de dois anos).

O grupo de Tonet tenta voltar à procuradoria-geral e destronar o de Soares, que, também por 12 anos, teve o mando político e administrativo, o mesmo período do governo tucano. Tão ou mais importante do que a votação obtida nas eleições da classe, é a preferência do governador de Estado. Essa será a primeira vez que o governo petista dará o veredicto, ao escolher um entre os três mais votados, conforme a Constituição Mineira.

Do que se ouviu até agora do governador Fernando Pimentel (PT), é que ele, a exemplo de seus antecessores e rivais, não tem compromisso com o mais votado e que fará a escolha entre os três primeiros.
 
Além de Soares e Tonet, outros três procuradores disputam o cargo: Mauro Flávio Ferreira, Waldemar Antônio de Arimatéia e Gisela Potério Santos Saldanha. Na preliminar, eles se enfrentarão no dia 4 de novembro, durante debate na sede da Associação Mineira do Ministério Público.

Diamantina tem novo Juscelino
JK não foi prefeito de sua cidade natal, mas Diamantina será administrada, a partir de 1º de janeiro, por um prefeito que leva o primeiro nome do ex-presidente da República: Juscelino Brasiliano Roque (PMDB). Como adiantei aqui, no dia 28 de junho, o afilhado de JK recebeu o mesmo nome dele; o sobrenome, Brasiliano, foi homenagem à capital federal, inaugurada no dia seu nascimento (21 de abril de 1960). Empresário e novato na área, o futuro prefeito decidiu entrar na política aos 56 anos e tentar seguir os passos de seu inspirador e ídolo. Ele foi eleito com 8.800 votos, 899 votos a mais do que o segundo colocado.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por