Pimentel já vê luz no fim do túnel e inaugura nova fase

14/01/2017 às 13:18.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:25

Depois de dois anos na defensiva, o governador Fernando Pimentel (PT) inaugurou nova fase ontem, no Vale do Rio Doce e no Vale do Mucuri, onde foi tratar do surto de febre amarela no Estado. Junto das medidas técnicas necessárias, deixou o estilo encastelado no palácio para estar mais próximo do cidadão e mostrar-se mais presente e proativo. Na capital, ele e seu secretariado reabriram as portas do governo para os prefeitos, alinhando programas administrativos deles com o do Estado. Tudo somado, a ideia é sair do inferno astral dos dois primeiros anos de governo provocado pelas denúncias e operações da Polícia Federal contra ele e seu partido em nível nacional mais a crise econômica. O objetivo é investir nos dois anos que restam de mandato e tentar renová-lo em 2018.

Não há sinais de melhora econômica imediata nem o processo judicial que o ameaça está encerrado, mas, com o tempo, surgiram soluções e cenários que apontam a luz no fim do túnel. No campo econômico, fará do encontro de contas com o governo federal, entre as compensações da Lei Kandir (desoneração de importados) e a dívida do Estado com a União. O governo calcula uma diferença favorável de R$ 20 bilhões.

No final do ano passado, por maioria de votos, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o Congresso Nacional deve aprovar, em 12 meses, lei para compensar financeiramente os Estados com a desoneração do ICMS sobre produtos exportados. No campo judicial, o mesmo STF poderá livrar Pimentel de afastamento do cargo em caso de ser processado pelo Superior Tribunal de Justiça.

Chicotinho queimado

O ex-ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) não surpreende a ninguém quando ele e sua gestão na Caixa Econômica (2011/2013) viram alvo de operação da Polícia Federal, por suspeita de esquema de fraudes na liberação de créditos. Ele foi vice-presidente de pessoa jurídica no banco estatal. O que a ação policial sinaliza é que, cada vez mais, os tais esquemas se aproximam do núcleo duro do atual governo federal. Não é sem razão que a operação foi batizada pela expressão latina Cui Bono?, uma objetiva pergunta referindo-se a “quem beneficia?”.

DNA e projeto falam mais alto

Depois de ter declarado e defendido que deveria haver uma chacina de presos por semana, após o massacre em presídio de Manaus, o ex-secretário nacional da Juventude, o mineiro Bruno Júlio (PMDB), perdeu o cargo, mas ganhou, provavelmente, o próprio pensamento político e plataforma para se eleger a deputado federal.

Comandante mais afinado

O governador Fernando Pimentel (PT) deve bater o martelo, neste final de semana, na definição do novo comandante da Polícia Militar, após a saída do coronel Marco Antônio Badaró Bianchini. O nome sairá do encontro de Pimentel com o seu candidato preferido, o coronel Helbert Figueiró de Lourdes, atual chefe do Gabinete Militar. Ele só não será o novo comandante se não quiser, nem tem falta de apoio político como Bianchini tinha. Entre o governador e a corporação, o ex-comandante não teve dúvidas, acumulando desgastes quase que inevitáveis. Já Helbert, nos últimos dois anos, foi o principal conselheiro do governador no setor.

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