Todo mundo acha que quem tem poder não deve abrir mão dele; por isso, mete o bedelho em disputas de outros poderes e órgãos, especialmente no decadente sistema presidencialista brasileiro. O presidente Michel Temer (PMDB), como a antecessora e antecessores, também usa a máquina para favorecer a reeleição de seu candidato, Rodrigo Maia (DEM), ao comando da Câmara dos Deputados.
Nessa terça-feira (10), além da interinidade (está em viagem a Portugal), deixou para Maia o exercício poderoso da caneta presidencial na sanção, sem vetos, é claro, do Orçamento Geral da União de 2017, a peça administrativa e política mais importante do governo. Onde está e como fica a independência dos poderes? A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) entrou na disputa e perdeu; depois, não conseguiu mais governar.
Melo Freire faz 90 anos
O ex-presidente do PMDB mineiro e ex-deputado federal Joaquim de Melo Freire completa hoje 90 anos e permanece atento aos rumos e desvios da política mineira e nacional. Ex-membro da banda da UDN, onde ganhou famas de 'duro' e crítico feroz, Melo Freire migrou para o PMDB, onde ao lado dos ex-governadores Tancredo Neves (pessedista) e Hélio Garcia (udenista) adotou o diálogo e o estilo conciliador. Quando fala da política dos dias atuais, não esconde a perplexidade com a falta de interlocução e clima de ódio.
Em 86, em nome da união partidária, abriu mão de ser governador embora tenha sido lançado pelo ex-governador Hélio Garcia. Foi responsável pelo lançamento do empresário José Alencar (ex-vice-presidente da República) na política. Passense, também é atribuído a ele o lançamento do 'conterrâneo' Rodrigo Pacheco (nascido em Rondônia, mas criado em Passos), que, no ano passado, disputou a Prefeitura de Belo Horizonte pelo mesmo PMDB.
Passaram a perna no Piló
Após as desastrosas declarações de Bruno Júlio, ex-secretário nacional de juventude, o PMDB mineiro perdeu o único cargo que ocupava. Os jovens peemedebistas indicaram o presidente nacional da Juventude do PMDB, Assis Filho, do Maranhão, na vaga que poderia ser do presidente da Juventude de Minas, Felipe Piló, que teria se recusado a participar do 'acidente pavoroso' que vai se tornando o governo Temer.
Vereador volta a ser professor
Após 24 anos fora da sala de aula, ser diretor de escola eleito, secretário da regional Barreiro e vereador, o ex-candidato a vice-prefeito na última eleição na chapa do tucano João Leite, Ronaldo Gontijo (PPS), reassumiu as funções de professor municipal de Belo Horizonte. Tomou posse no dia 2 de janeiro, dois após o fim do mandato de vereador, e está à disposição da Secretaria de Educação para, a partir de 1º de fevereiro, reassumir as aulas. Disse que não fará feio, porque nunca perdeu a relação com a vida acadêmica e que, nesse período, fez mais de 10 cursos na área de educação e saúde, além de fazer leis para o setor e se especializar em mediar negociações entre grevistas da área e a prefeitura.
Carlão deixa a Educação
O ex-deputado petista e professor Antônio Carlos Pereira, o Carlão, foi exonerado, nesta terça (10), do cargo de secretário-adjunto da educação estadual. Deve continuar, pelo menos, como conselheiro da Gasmig (estatal de gás).