Água e o diálogo para preservação

29/09/2017 às 16:29.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:48

Na semana passada, alguns órgãos de imprensa noticiaram com destaque os problemas de abastecimento de água em várias cidades de Minas e possíveis riscos da Grande BH sofrer desabastecimento. Segundo os técnicos, o longo período de estiagem é preocupante e consideram esta como a pior seca dos últimos 100 anos. Mas o problema não pode ser creditado apenas à falta de chuvas, a degradação dos rios e reservas de água, mas também pelo elevado desperdício de água, como os banhos demorados ou pelas torneiras mal fechadas, pelas perdas nas tubulações em ambientes públicos e privados e outros.

Por isso é muito importante o Seminário “Minas no Caminho das Águas”, que vai acontecer nos dias 6 e 7 de outubro, em uma promoção conjunta da Prefeitura Municipal, governo do Estado e Fiemg. Este encontro é preparatório para o 8º Fórum Mundial da Água, que vai acontecer em Brasília, em março de 2018. Este Fórum tem como objetivo promover o diálogo para influenciar o processo decisório sobre água no nível global, visando aproveitamento racional e sustentável deste recurso.
Realmente, os debates são importantes para o encaminhamento de sugestões em busca de soluções e, principalmente, sobre este tema. Todos nós temos informações de que a água é indispensável para a vida em nosso planeta. Os especialistas afirmam que ela é um recurso limitado, pois apenas 4% da água é própria para consumo. Considerando os 7 bilhões de pessoas que habitam a Terra, é fundamental apostar num uso sustentável e inteligente. Um dos maiores desafios do milênio é, e será, economizar água para as gerações presentes e futuras.
Frente a este desafio, nós, políticos, temos que estar atentos ao tema e trabalhar em prol da preservação da água. Por isso, no ano passado me posicionei contra a venda de terrenos na Estação Ecológica de Fechos, uma área de 602 hectares de proteção ambiental, no bairro Jardim Canadá, na divisa com a cidade de Nova Lima. Uma área muito importante, porque lá existe um manancial de captação da Copasa, que fornece água para 300 mil pessoas nas regiões Centro e Sul de Belo Horizonte e cidades do entorno. Realizei audiência pública, debati a questão no plenário da Câmara, apresentei emendas ao Projeto que autorizava a venda dos terrenos, determinando que o manancial tinha que ser preservado. Também junto com outros vereadores e ambientalistas, visitamos órgãos ligados ao tema e discutimos o assunto. Nossa mobilização trouxe resultados positivos, porque o terreno e o manancial foram preservados.

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