Há alguns dias, participei da solenidade de encerramento do evento Polo Moveleiro – BH Cidade Criativa, do qual fui um dos apoiadores. Este projeto reuniu várias atrações culturais e artísticas na avenida Silviano Brandão, que concentra o maior polo de móveis da América Latina. Um evento importante para o projeto dos governos estadual e municipal de conquistar o Título de Belo Horizonte – Cidade Criativa.
Este título foi criado pela Unesco - Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, em 2004,para promover a cooperação entre as cidades que identificaram a criatividade como um fator estratégico para o desenvolvimento urbano sustentável.
Atualmente, 116 cidades de 54 países possuem este título, sendo cinco brasileiras: Belém, Salvador, Santos, Curitiba e Florianópolis. Agora, Belo Horizonte é uma das candidatas ao título. As exigências para a conquista do título de Cidade Criativa são várias, que se resumem no objetivo de tornar a criatividade um componente essencial do desenvolvimento urbano por meio de parcerias entre os setores públicos e privado e a sociedade civil.
A rede de Cidades Criativas abrange sete áreas criativas: artesanato e folclore, mídia, cinema, design, gastronomia, literatura e música. Sem dúvida, temos aqui em Belo Horizonte centenas e centenas de pessoas que possuem um grande potencial criativo. E quando tem oportunidade de mostrar seus talentos, provocam belas surpresas. É o caso recente do Circuito Gastronômico de Favelas, o Comida di Buteco, os grupos de quadrilhas nas festas juninas, a organização das ofertas variadas de produtos no Mercado Central, que tem atraído turistas do mundo inteiro, a Feira Eco Ações Unidas, com peças artísticas feitas com recicláveis e vários outros.
Eventos que sinalizam para o grande capital criativo da nossa cidade, que tem surpreendido. Com isso, Belo Horizonte tem potencial para a conquista do título. Porque a Cidade Criativa é aquela que surpreende, que fascina, que incentiva a curiosidade, o debate e a busca de soluções criativas para a cidade em todos os setores. Nossa capital possui, sem dúvida, talentos criativos em todas as profissões e classes sociais. A classe política precisa dar apoio e incentivo aos projetos criativos das comunidades. Muito se tem falado em uma nova política e esta deve apresentar uma mudança de mentalidade nos aspectos do novo modo de fazer das comunidades. Porque a política deve incentivar a criatividade na construção de uma nova cidade.