O que significa uma boa autoestima?

01/12/2016 às 09:53.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:53

Autoestima pode ser definida como uma avaliação subjetiva que cada indivíduo tem de si próprio. Algo construído de acordo com um juízo de valor interno. 

A boa autoestima ocorre quando uma pessoa está satisfeita com suas condutas, atitudes, posturas, vivendo de acordo com seu código interno de valor e se comportando de maneira construtiva. A autoestima não tem a ver com bens materiais, status ou beleza – isso está diretamente ligado à vaidade, que é uma preocupação com a avaliação dos outros, ou seja, algo externo. A autoestima é construída a partir do autoconhecimento e desvinculada (parcialmente) do mundo exterior. 

Muitos questionam o motivo pelo qual não conseguem ter uma boa autovalorização, mesmo tendo consciência das suas virtudes. 

Não podemos desconsiderar o impacto que a infância tem nesse contexto. Filhos de pais críticos tendem a ter mau juízo de si próprios. Passam a acreditar, equivocadamente, na sua incapacidade. Desenvolvem o medo como um mecanismo de defesa. Temem errar e ser ainda mais julgados ou punidos. Em contrapartida, exaltar exageradamente a atitude do filho faz com que a criança aprenda a ser reconhecida mesmo quando não há merecimento. Um reconhecimento forjado que torna o juízo de valor interno ainda mais equivocado. 

Muitos perguntam se é possível “consertar” a infância. A resposta é sim, é possível. Mas, para isso, é preciso fazer um “up date” emocional. Atualizar o sistema de crenças e valores é fundamental para não levar para a vida adulta conceitos inadequados implantados na memória infantil. É preciso adequar a idade emocional à idade cronológica. 

Quebrar o vínculo com as crenças limitantes do passado faz-se necessário para deslanchar nesse processo. Uma boa autoestima é fruto de uma evolução que se desenvolve e estabelece à medida em que jogo a meu favor. Por exemplo: se eu me propuser a fazer uma dieta e cumprir o combinado chegando à meta estabelecida, isso aumentará a minha autoestima. É uma prova do respeito e da seriedade com que me trato. Do mesmo modo, o contrário é extremamente prejudicial. Cada vez que prometo algo para mim e não cumpro, reforço internamente o desrespeito comigo mesmo. Isso abaixa automaticamente a autoestima. 

Nesse jogo não há trapaça. Entretanto, é importante ressaltar que uma boa avaliação de si mesmo é construída num longo e humilde processo. É preciso despender esforço. Muitas vezes a vontade se opõe à razão. Nessa hora é necessário um empenho redobrado. Cada vez que consigo êxito nessa caminhada, avanço positivamente na formação do amor próprio. 

Pessoas com boa autoestima são serenas, confiantes, sentem-se satisfeitas consigo e não precisam de plateia. Ao passo que uma autoestima baixa torna as pessoas inseguras, possessivas, impositivas, fofoqueiras e narcisistas. Acreditando que, através da autoridade imposta, ou da desqualificação do outro é possível firmar o próprio valor. Só fazem provar o contrário. 

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