Você está satisfeito com as suas condutas?

10/08/2016 às 17:25.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:17

“Eu sei exatamente o que devo fazer, mas algo me trava e não consigo sair do lugar”. 

Essa é uma frase comum de se ouvir no consultório. Muitas pessoas buscam ajuda profissional, não para saber o que devem fazer, já que isso elas geralmente sabem. O que realmente lhes falta é a proatividade para ação. Sabem que estão agindo de maneira inadequada, mas simplesmente não conseguem alterar a rota de suas condutas. 

Equívocos grosseiros em relação à administração da vida pessoal destoam da inteligência, levando o indivíduo a degustar um grande sofrimento, sentindo-se estagnado frente a uma situação, que em tese, é solucionável. 

Um bom exemplo é alguém que quer perder peso. Esta pessoa sabe exatamente onde exagera na comida e quando perde o controle. Sabe também que precisa se exercitar, ter disciplina e honrar com o que combina consigo mesma. Porém, não consegue colocar em prática o que tem em mente. 
Da mesma forma são os fumantes que gostariam de largar o vício. Eles vivem com a ideação, mas sempre deixam para depois. Assim como aqueles que vivem relacionamentos doentios. Eles sabem que precisam ter uma postura mais firme em favor de si próprios, mas não conseguem se impor. 

O sujeito que tem consciência daquilo que deveria ser feito, mas não o faz, vive angustiado. A sensação de derrota o consome. Alguns chegam até tentar, mas desistem frente aos obstáculos. Outros, após acumularem tentativas frustradas, entram num estágio de desesperança e “jogam a toalha”, não confiam mais na sua capacidade de virar o jogo e desistem de vez. Há também aqueles que, de tão descrentes de si, terceirizam para o plano espiritual aquilo que deveria fazer, e vivem à espera de um milagre. 

Mas afinal porque algumas pessoas conseguem agir, enquanto outras permanecem paralisadas? 

Isso se deve ao nível de Inteligência Emocional (IE), popularmente chamada de “força de vontade”. Quanto mais próximos estiverem os sentimentos, razão e emoção, mais inteligente emocional é o indivíduo e mais solucionador ele se torna. 

É importante salientar que há um forte vínculo entre amor próprio e IE. Indivíduos inteligentes emocionais não tem apetite para autodestruição. Simplesmente agem. Por mais complexo que pareça ser, eles jamais estacionam na zona de sofrimento. 

Já aqueles com menos amor por si, fazem uma espécie de pacto com a dor. Acostumam com o que é ruim e como forma de alívio usam a lamentação. 

O nível de amor por si faz toda a diferença entre agir ou estagnar. Este é um jogo interno no qual não é possível trapaça. 

Amor próprio não se adquire através de frases de auto ajuda, lições de moral forjadas, ou discursos proferidos da boca para fora. Amor próprio se consegue construindo um código de valores interno e agindo de acordo com ele. Fazer boas escolhas, ser fiel a si e afastar o que é prejudicial é fundamental. Psiquicamente falando, você é o que você sente!

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