O fim do supermercado como conhecemos

21/06/2017 às 10:44.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:11

A Amazon.com comprou uma das maiores redes de varejo alimentício do USA, a WholeFoods Market, que conta com mais de 431 lojas espalhadas pelos Estados Unidos. Este é um marco na vida do setor supermercadista mundial. Estamos vivenciando uma mudança profunda no setor que irá transformar completamente a nossa experiência de compra no segmento.

Há algum tempo, a WholeFoods investiu algumas dezenas de milhões de dólares no Instacart. Trata-se de uma startup de delivery de mantimentos (produtos de supermercado), segmento que vem bombando nos USA e começa a despontar aqui no Brasil também com o Supermercado Now, Mercado Fresh e, em breve, a colombiana Rappi, que deve começar a operar nos próximos meses em São Paulo. E será liderada por um dos melhores executivos de e-commerce no país, Bruno Nardon, que liderou a Kanui, um dos maiores e-commerces de produtos esportivos da América Latina.

A compra da WholeFoods pela Amazon nos deixa claros sinais de que dentro de alguns meses, no máximo um ano, a experiência de consumir comida fresca nos Estados Unidos passará COMPLETAMENTE por uma disrupção:

Consumidores podem esperar o fim dos caixas de supermercado com a WholeFoods. Se você não sabe do que eu estou falando, procure por “Amazon Go”.

- Para aqueles que não querem/podem ir até uma loja física podem esperar uma entrega de comida fresca em suas residências dentro de algumas horas via Instacart.
- Aqueles que possuem o AmazonAlexa, uma espécie de caixa de som com AI (Inteligência Artificial) integrada; poderão pedir suas compras por meio deste device.

A Amazon já vinha dando sinais claros de que entraria no varejo supermercadista quando lançou seus “dashbuttons”, que permite ao consumidor pedir produtos específicos (um botão para cada produto). Sinais que foram confirmados e levaram o setor supermercadista à loucura. As ações dos principais players do setor Welmart e Target desabaram minutos após o anúncio oficial da aquisição.

Há dez anos, a Apple lançava o primeiro iPhone. Nem GPS tinha naquele device, nós NEM IMAGINÁVAMOS que hoje aquele aparelhinho de geek seria o nosso hub de vida no qual poderíamos, veja só, inclusive fazer ligações com imagem na rua, como nos filmes de ficção científica.

Imagina o que está por vir nos próximos dez anos? Com absoluta certeza, vamos olhar para trás e lembrar daqueles minutos, às vezes horas, que perdíamos em filas para pagar alguma coisa.

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