O Design e as questões sociais

18/01/2018 às 22:28.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:50

Tio Flávio*

Pensando em como agregar novas ideias às questões sociais, em diversas esferas da sociedade, seja no trabalho de uma ONG, coletivo, movimento, num projeto pessoal ou, até mesmo, em setores do governo, resolvi trazer um pouco mais de informações sobre o Design, e especificamente o Design Thinking, para auxiliar na inspiração para a gestão social. A escritora e consultora Lígia Fascioni é quem nos ajudará com algumas reflexões.

“Já faz algum tempo que ando pesquisando sobre design thinking e design de serviços, mas só agora se fez a luz e tudo ficou mais claro. E o mérito é do imperdível “Design thinking: uma metodologia poderosa para decretar o fim das velhas ideias”, do Tim Brown.

Tim fala da migração do design do nível tático e operacional para uma abordagem mais estratégica e ressalta que todas as pessoas da organização deveriam experimentar esse caminho.

É que os designers têm passado as últimas décadas buscando o compromisso entre as necessidades humanas e a tecnologia disponível, sem nunca perder de vista as restrições práticas do negócio. E conseguem fazer tudo isso levando em consideração a intuição e a capacidade de desenvolver ideias que tenham um significado emocional além do funcional. A ideia é aplicar a maneira como os designers pensam (combinando o racional e o emocional) em qualquer situação; seja uma questão social ou um desafio de mercado.

Brown fala sobre restrições e lembra que, sem elas, o design não pode ser criado. A disposição, e até a aceitação empolgada das restrições são partes fundamentais do design thinking. As restrições são visualizadas sob três pontos de vista diferentes, para gerar novas ideias: a praticabilidade(o funcionalmente possível); a viabilidade (o que pode se tornar um modelo de negócios sustentável) e a desejabilidade (o que faz sentido para as pessoas).

Por fim, Tim cita Jane Suri, que sugere uma evolução do design thinking, na medida em que ele migra de “designers criando para as pessoas” para “designers criando com as pessoas” e, no final, “as pessoas criando por si próprias”.

*Palestrante, professor, autor de livros e idealizador do Tio Flávio Cultural
 

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