Um novo sentido para esse Natal

23/11/2017 às 22:46.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:51

As instituições de longa permanência para idosos recebem, no fim do ano, vários grupos de escolas, amigos, empresas para promoverem o Natal dos moradores daquela casa, levando alegria e carinho para pessoas que ficam ansiosas por uma companhia para conversar, trocar experiências, rir ou apenas ter uma presença ao lado.

Atravessamos, no Brasil especificamente, mas no mundo de maneira geral, momentos bem críticos, em que as crises têm nos deixado mais incrédulos em alguns pontos, nervosos em muitos momentos, sem paciência em outros. As pessoas estão vivendo a pressão da falta do dinheiro, o receio da perda do emprego, a procura incansável por uma oportunidade de mercado, além de problemas recorrentes que afetam o humor de qualquer um.

Mas, aí, ao chegar o Natal, parece que uma onda de sensibilidade nos envolve. Refletimos sobre o ano, os aprendizados, as conquistas, mesmo em meio às crises, e nos juntamos para levar (e receber) alegria para quem também precisa.

Aí encontramos outras realidades: pessoas diferentes com problemas distintos: a dor vinda da ausência dos filhos, do abandono completo da família, das doenças e do avançar da idade são características que encontramos nos asilos.

Porém, muitos moradores dessas instituições carregam um olhar de cuidado, carinho, afeto, esperança. E lá vamos nós realizar trocas, pois quem não é carente de algo nessa vida?

O convite que faço a todos é que se unam, chamem familiares, amigos, colegas de empresa, e tirem um dia para visitar um asilo. Vamos com leveza, levem brincadeiras (eles adoram bingos), músicas mais antigas, pessoas para sentarem ao lado para um bate-papo. Podem convidar alguém que faça maquiagem, massagem ou as unhas das mulheres. Visitem os acamados, dancem com os que se permitem. Saiam do seu mundo e entendam que o nosso mundo é ainda maior, quando entendemos a dor e a alegria do outro.

Mas repitam essas visitas outras vezes, no decorrer do novo ano, quando a correria do dia a dia nos atropela e nos faz achar que estamos sem tempo de fazer algo assim. Os idosos terão nossa presença mais vezes e teremos a oportunidade de crescer como pessoas, indivíduos. Só quando a gente encontra significado naquilo que faz, conseguimos estabelecer prioridades e propor rumos para trilhar.

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