Antônio de Oliveira*
É isso mesmo. Quem contrai um vício não o faz simplesmente por se tratar de vício, mas porque isso lhe traz um prazer nem que seja momentâneo.
Vingar-se é considerado uma retaliação. No entanto, há pessoas que, sentindo-se ofendidas, dizem para si mesmas:
– Fulan@ há de ver comigo!
Tudo há de ser visto no seu contexto. São dizeres populares procedentes os versos da canção, Laranja Madura, de Ataulfo Alves:
“Laranja madura na beira da estrada
Tá bichada Zé ou tem marimbondo no pé”.
O bem e o mal habitam em todos nós, mas não somos capazes de o administrar. Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer... Ora, se faço o que não quero, já não sou eu que faço, mas sim a fraqueza que em mim habita. (cf. Rom. 7: 19: 20).
Contrair um vício é fácil; difícil é erradicá-lo. Melhor não os contrair. Devemos cultivar o bem e evitar o mal que nos atrai.
Vale a pena ampliar esta reflexão com a leitura de “Les fleurs du mal” (As Flores do Mal), de Charles Baudelaire, contendo 21 poemas líricos, que vão do grotesco ao sublime. É a eterna luta entre o bem e o mal...
*Professor