6/9 é o Dia do Sexo: descubra caminhos para uma vida mais prazerosa e feliz

Patrícia Santos Dumont
pdumont@hojeemdia.com.br
03/09/2017 às 06:00.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:23
 (Divulgação)

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Vergonha, ansiedade, falta de libido, preconceito, limitações religiosas, tabu, medo. São muitos os obstáculos entre o sexo e o prazer. Felizmente, há também inúmeros caminhos para superar as travas do corpo e da mente e se jogar na intimidade com ele ou ela. 

Um dos mais desafiadores e que vem se tornando popular, inclusive, um verdadeiro olé na falta de entusiasmo, de desejo e até nas disfunções como a impotência, a anorgasmia e a ejaculação precoce, é a massagem tântrica.

A escolha da data comemorativa, celebrada desde o século passado, é uma brincadeira numérica de duplo sentido, que remete a uma posição sexual bastante popular, o famoso 69, listada, inclusive, no Kama Sutra – sexo oral praticado simultaneamente por dois parceiros

Sistema completo voltado para a expansão da sensibilidade e desenvolvimento do orgasmo, a técnica possibilita a cura do corpo, da mente e das emoções. Terapeuta tântrica no Centro Metamorfose, em Belo Horizonte, e renascedora, Cláudia (Prem Sandesha) diz que muita gente procura o método para se conhecer, melhorar a performance ou até por curiosidade. 

As sessões, que duram cerca de uma hora e meia, podem contemplar quatro modalidades diferentes, seguindo um processo de desenvolvimento que varia conforme as respostas corporais de cada um. A ideia é abrir caminho para um novo e mais intenso orgasmo, conhecido como orgasmo expandido ou de corpo inteiro, uma conexão mais forte consigo mesmo e, posteriormente, com o outro. 

“O trabalho deve ser realizado primeiro individualmente para depois, se for o caso, envolver o parceiro. Para relacionar-se com o outro, é preciso conectar-se antes a si mesmo”, detalha a terapeuta.

O método contempla trabalhos vibracionais, de respiração, meditações e estimulação do corpo, incluindo os genitais. Como cada pessoa tem um ritmo, não há um padrão estabelecido de tempo ou intensidade das massagens. O desbloqueio, por sua vez, começa logo na primeira sessão, no momento em que o paciente se desnuda.

Uma pesquisa feita por uma marca de preservativos mostrou que os gregos são os que mais fazem sexo no mundo: 3,2 dias por semana; brasileiros vêm em segundo lugar, com média de 2,8 vezes. Segundo o levantamento, japoneses são os últimos: só uma relação a cada sete dias

“Quando nos harmonizamos em nossa energia sexual de base, essa harmonia se replica em todas as áreas de nossas vidas”, reforça Prem Sandesha.

Psicóloga, mestre em reiki e professora de yoga em BH, Ailla Pacheco desenvolveu um método próprio para tratar o indivíduo como um todo, promovendo a autocura, o autoconhecimento e levando ao equilíbrio emocional.Divulgação

Reike é uma das ferramentas usadas pela psicoterapeuta Ailla Pacheco, de BH

Voltada principalmente para mulheres, a Psicoterapia Uno, como é chamada, envolve anamnese, psicoterapia, yoga, reiki, florais, óleos essenciais, hipnose clínica, cromoterapia, regressão, meditação e técnicas respiratórias.

“Tocar em traumas da alma humana é sempre uma tarefa árdua e profundamente delicada. Quando se acessa o inconsciente de alguém, são despertados processos muito profundos e abre-se uma porta que leva a um processo de transformação”, avalia Ailla. 

Visão positiva ou negativa da sexualidade interfere no prazer

Além de responsável por comandar as atividades que executamos no dia a dia, o cérebro é também a chave para o sucesso (ou insucesso) das relações sexuais. O motivo é que nele ocorre a comunicação entre os neurônios, células nervosas que tornam possível experimentar qualquer sensação, incluindo o orgasmo.

Especialista em sexualidade humana, a psicóloga Sônia Eustáquia explica que do ponto de vista psicológico, se o cérebro for levado em conta como mente, sede de todos os pensamentos e emoções, ele também influencia no sexo e, portanto, merece atenção. “A visão positiva ou negativa da sexualidade afeta a capacidade de sentir prazer”, resume.Pedro Gontijo

Consulta com terapeuta especializado ajuda a descobrir e desmistificar conceitos que travam a vida sexual

 No consultório dela, pacientes que se queixam de disfunções ou desordens psicológicas que envolvem o prazer sexual ou a falta dele são tratados com terapias que combinam a psicanálise de Freud, a abordagem Ericksoniana (hipnose) e terapias cognitivo-comportamentais – que descondicionam comportamentos e dão novas interpretações a elementos que geram emoções negativas. 

A especialista explica ainda que o desejo surge em primeiro lugar na mente e que, portanto, registros emocionais da infância, traumas, formação religiosa muito rígida ou educação repressora podem gerar conflitos responsáveis por disfunções sexuais. 

Uma pesquisa divulgada no mês passado mostrou que os brasileiros não andam tão felizes assim com a vida sexual: 51% dos 6 milhões de usuários da plataforma Sexlog disseram estar insatisfeitos na cama. Apesar disso, 64% afirmaram levar mais de 30 minutos com o parceiro

“Muitas vezes a incapacidade de sentir prazer está ligada à dificuldade de se entregar, porque existem bloqueios tão profundos que nem com a manipulação dos genitais ou com recursos aprendidos em terapias as pessoas conseguem se excitar para desfrutar dos prazeres de natureza sexual”, detalha.

O tempo de tratamento varia de paciente para paciente. Na primeira sessão de terapia, no entanto, já é possível identificar se a questão sexual tem relação com alguma doença ou fundo emocional. Geralmente, de acordo com a especialista, 20 sessões são suficientes para desbloquear as amarras.

Onde buscar:


Cláudia (Prem Sandesha) 

Centro Metamorfose de Belo Horizonte
Rua Pouso Alto, 199 - Serra/BH 
Tel.: (31) 99622-0567 
centrometamorfose.com.br 


Sônia Eustáquia
 
Rua Nova Era, 147 - Mangabeiras/BH 
Tel.: (31) 3283-3786 
soniaeustaquia.com.br 


Ailla Pacheco 

Rua Conselheiro Lafaiete, 2003/ Loja 2 - Cidade Nova/BH 
Tel.: (31) 98372-9042 
Instagram: @ailla_yoga 
aillapacheco.com.br

Além disso

Os tradicionais cosméticos sensuais também são uma mão na roda na hora da relação a dois (ou a três, como preferir), já que apimentam e ajudam a quebrar a rotina. Muitos são voltados para a lubrificação da região íntima, da mulher, principalmente, deixando-a mais à vontade e sensível ao toque e à penetração.

Mais comuns em forma de gel, devem ser à base de água para evitar reações alérgicas, ressalta a sexóloga e psicóloga Priscila Junqueira, da INTT, marca brasileira de cosméticos sensuais. Importante também ficar atento ao sabor e aroma dos produtos. “A experiência deve ser muito excitante e não extremamente brochante”, alerta a especialista. 

Além dos tradicionais óleos, massageadores, retardadores de ejaculação e dos famosos “esquenta e esfria”, existem também produtos específicos para aumentar, literalmente, a sensação de bem-estar. Caso do Inflate, da INTT, que provoca um inchaço no pênis ou no clitóris, dando a impressão de que os órgãos estão maiores do que realmente são.

Para as mulheres, os estimuladores clitorianos são uma boa pedida nas preliminares. Ou fora delas também! Produzido com extrato de cravo e jambu (erva paraense conhecida por causar uma leve dormência na boca), o produto, que deve ser aplicado em borrifadas no clitóris, causa sensação de vibração. Para intensificar o efeito, que varia de organismo para organismo, existem também cápsulas do produto que podem ser ingeridas diariamente.Editoria de Arte

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