(Flávia Ivo)
A falta de informação sobre o mercado de joias no Brasil, como o setor foi formado e qual o panorama do segmento no país levou a publicitária, designer gráfica e fotógrafa Claudia Dayé, filha de joalheiro, a criar um registro até então inexistente por aqui.
Durante a 21ª edição do Minas Trend, Dayé lança o livro "Joalheria no Brasil", publicação realizada em parceria com o jornalista Carlos Cornejo e a mestre e doutora em design Engracia Llaberia.
"Da lapidação ao desenvolvimento comercial do setor, traçei um panorama desde o início do século 20, recorrendo a revistas e jornais de época, além de entrevistas com personagens que viveram as mudanças do segmento", revela Cláudia que passou seis anos pesquisando.
Em forma de linha do tempo, a autora mostra todo o percurso, do garimpo à peça pronta. "Temos uma indústria ampla, que começou a se destacar com design brasileiro, há 10, 20 anos", coloca Dayé, que ressalta como a criatividade brasileira e mineira é admirada em outros países. "Para se ter uma ideia, de acordo com o Sindijoias, 35% das exportações de joias brasileiras são oriundas de Minas Gerais", observa.
A autora afirma ter sido desafiante criar o material de 288 páginas, já que não havia onde pesquisar. "Reunir um material que ainda não foi coletado e organizado é como explorar um novo garimpo. É preciso procurar muito e em mais lugares. O maior desafio foi sintetizar tudo de forma a gerar algo conciso, compreensível, útil e agradável", explica Claudia Dayé.
Loja
Na celebração dos 10 anos de Minas Trend, o Sindijoias-Gemas/MG montou loja com peças de diferentes marcas desenvolvidas exclusivamente para o evento. Fazem parte da seleção grifes como Misfit, Benedita, Essa Mulher, Lázara, Marieta Rigone e Simone Salles.
Além disso, o sindicato abre o line-up de desfiles, na tarde desta terça-feira, no Expominas, mostrando as peças dos associados.