Minas Trend valoriza o feito à mão e o conforto para o Inverno 2018

Flávia Ivo
fivo@hojeemdia.com.br
08/10/2017 às 06:00.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:07
 (Agência Fotosite/Divulgação)

(Agência Fotosite/Divulgação)

O feito à mão, tendência já consolidada na moda mundial, foi ponto bem explorado nas coleções das marcas que desfilaram no Minas Trend. Em uma das principais semanas de moda da América do Sul, que aconteceu entre os dias 3 e 6, a tradição mineira dos produtos artesanais ganhou protagonismo.

“É algo que sempre fizemos por aqui e que se tornou um desejo em todo o mundo. Isso é ótimo, porque fazemos muito bem”, observa Carla Mendonça, professora do curso de Design de Moda da Fumec.

Uma das grifes que apostaram no diálogo da tecelagem artesanal com a industrial foi a mineira LED, estreante na passarela do Minas Trend. A marca, que propõe peças que vestem homens e mulheres, foi uma das mais elogiadas durante a temporada de moda realizada em BH.

“A LED conseguiu romper com o minimalismo e a sobriedade que o discurso dos gêneros vinha trazendo para a moda, sempre colocando algo da vestimenta masculina na feminina e vice-versa. O genderless da marca expõe uma roupa alegre, com a qual as pessoas podem se expressar por meio das peças que estão usando”, coloca Carla Mendonça.

Oversize

A Molett, marca mineira que igualmente pisou pela primeira vez na passarela montada no Expominas, também é ligada à transposição das barreiras de gênero, priorizando moldes versáteis e, principalmente, o conforto. Não só por meio dos tecidos como o moletom, carro-chefe da grife, mas inclusive na modelagem oversize, tendência já há algumas estações. 

As peças mais soltas no corpo compuseram o visual do Inverno 2018 de várias marcas que passaram pelo Minas Trend, incluindo as composições feitas para o desfile de abertura da semana de moda.

Dentre as grifes que exploraram essa vertente estão a Plural, que inclusive mesclou texturas criadas em processos artesanais e alfaiataria, e Anne Est Folle, marca que investiu, assim como Lucas Magalhães, na criação de estampas exclusivas, tirando um pouco do cinza e do preto típicos do inverno.

Renata Manso, estilista da Anne Est Folle, conta que a estamparia foi inspirada no contato com as artes e a arquitetura. “A coleção foi formada por um mergulho pessoal no que tenho visto no mundo das artes. As estampas são inéditas e cada uma tem sua unicidade. Pensei muito para que os prints casassem com a fluidez e o volume das peças”, revela.

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