Quer presentear uma criança com um pet? Veja o que observar antes de levá-lo para casa!

Patrícia Santos Dumont
pdumont@hojeemdia.com.br
06/12/2017 às 16:26.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:05
 (Divulgação)

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Quem pensa em aproveitar o Natal para presentear uma criança com um bichinho de estimação deve ficar atento à exigência número um antes de tomar a decisão: a importância da posse responsável. Mais do que uma realização pessoal, comprar ou adotar um pet implica gastos, cuidados e, principalmente, responsabilidades. 

Se pensa em levar para casa um cachorro ou gatinho, por exemplo, os mais populares na lista dos pedidos infantis, tenha consciência de que eles viverão bastante – em média, 16 anos. Logo, exigirão carinho e atenção redobrados, sobretudo quando estiverem mais velhos. 

Despesas com veterinário, vacinas, ração e vermifugação também devem ser levadas em conta. O planejamento precisa incluir, ainda, tempo para passar com o mascote e até um espaço razoável destinado à criação. Todos esses fatores – além, claro, do perfil da criança – são fundamentais para se decidir qual animal é o mais indicado para se agregar à família. 

Alguns cães de raças grandes, por exemplo, podem ser extremamente dóceis, mas, desajeitados, correm o risco de derrubar crianças menores, adverte o veterinário Marcello Roza, secretário-geral no Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV). 

"Eles (cães) nos dão muita coisa, mas necessitam de alguns cuidados e precisam da nossa atenção e carinho. Por mais independentes que sejam, gatos, por sua vez, precisam de alguém que lhes dê comida, água, que limpe a bandeja de areia, os leve ao veterinário e cuide de verdade”, reforça o profissional.

Saúde e bem-estar

Já quando o assunto são os peixes, bonitos por si só e, por este motivo, muitas vezes encarados até como parte da decoração, a atenção deve se voltar principalmente para a higiene do recinto onde vivem e o bem-estar, sob pena de que o morador do aquário dure poucas semanas ou até dias. 

Médico veterinário com ênfase em doenças infecciosas de animais aquáticos, Ângelo Augusto Procópio Costa diz que respeitar o espaço exigido por cada espécie é essencial. “É importante sempre consultar um especialista para ajudar a criança a decidir quanto às espécies que serão criadas e as exigências para que vivam felizes. Caso o desejo seja ter várias espécies no mesmo ambiente, um aquário comunitário, é fundamental conhecer os grupos que vivem em harmonia”, explica, ressaltando que a escolha deve ir além da beleza e ser baseada na orientação de um profissional.

Animais silvestres, como as aves, também podem ser um bom começo para quem nunca teve um pet, desde que o cuidado da criança seja supervisionado por um adulto, lembra o veterinário Luiz Flávio Telles, do Santo Agostinho Hospital Veterinário, em BH. “O temperamento da espécie deve ser avaliado, pois a maioria não lida bem com o contato muito próximo. Crianças muito novas podem apertá-los e traumatizá-los, inclusive levando à morte”, ressalta.

Confira as dicas de especialistas sobre as necessidade de cada espécie:Editoria de Arte

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