Eleições 2022

Acessibilidade em seções eleitorais e recursos nas urnas garantem direito ao exercício da cidadania

Raquel Gontijo
raquel.maria@hojeemdia.com.br
Publicado em 02/10/2022 às 16:51.
Instituto São Rafael é uma das 366 sessões eleitorais com acessibilidade em BH (Raquel Gontijo/Hoje em Dia)

Instituto São Rafael é uma das 366 sessões eleitorais com acessibilidade em BH (Raquel Gontijo/Hoje em Dia)

A deficiência visual nunca foi um impedimento para Margarete Soares, de 47 anos, de exercer a cidadania. Ela nasceu cega e vota no Instituto São Rafael, no Barro Preto, região Centro-Sul de Belo Horizonte, desde os 16 anos. O local, que é uma escola para deficientes visuais, é uma das 366 seções eleitorais com acessibilidade na capital mineira.

A estrutura para receber portadores de necessidades especiais começa do lado de fora do instituto. Em frente a um ponto de ônibus, dois policias militares auxiliam os eleitores que perderam a visão, ou parte dela, para descer ou entrar no transporte público.

Dentro do local, colaboradores do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) acompanham os deficientes até as seções eleitorais.

Mas Margarete dispensa a ajuda. Além de votar ali há muitos anos, ela estudou no instituto e já conhece todos os caminhos. Ainda assim, ela explica que vota sempre no mesmo lugar em função da acessibilidade e dos auxiliares.

Neste dia tão importante para a democracia, a Margarete justifica ainda porque está presente todos os anos no mesmo local. "Pra tentar mudar o país, a gente precisa votar".

Este ano, são 98.572 eleitores com algum tipo de deficiência em Minas, sendo 14% com deficiência visual. 

Tecnologia e inclusão

A servidora do TRE-MG e chefe do cartório da 33ª zona eleitoral de Belo Horizonte, Andreia Chaves Faria Carvalho, explica que atualmente não há  nenhuma diferença entre as urnas eletrônicas, o que garante o direito de voto de pessoas portadoras de alguma necessidade especial.

No caso dos deficientes visuais, por exemplo, todas os equipamentos possuem teclas em braile e um recurso de áudio.

"Além das teclas em braile, os deficientes visuais contam com outro recurso. Com o auxílio de um fone de ouvido eles podem escutar os números dos candidatos e confirmar se foi mesmo selecionado quem ele deseja votar", destacou.

Para os deficientes auditivos, este ano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) implantou um recurso de comunicação em libras. No site do TSE é possível até utilizar um simulador de voto para treinamento.

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