Sabatina HD

Alexandre Silveira (PSD) diz que fome e miséria são prioridades caso seja reeleito

Hermano Chiodi
hcfreitas@hojeemdia.com.br
Publicado em 13/09/2022 às 09:20.
 (Maurício Vieira/Hoje em Dia)

(Maurício Vieira/Hoje em Dia)

Combater a fome, a miséria e a desigualdade é a prioridade para o Brasil nesse momento, na avaliação do senador Alexandre Silveira (PSD), candidato à reeleição em outubro. O presidente do partido em Minas mostrou um discurso alinhado ao do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu grande puxador de votos nesta eleição, e ao de Alexandre Kalil, que encabeça a chapa do PSD em Minas Gerais.

Alexandre Silveira é o quinto candidato ao Senado a participar da sabatina realizada no programa “Gestores de Hoje em Dia – Eleições 2022”. Em conversa com o jornalista Carlos Lindenberg nesta segunda-feira (12), Silveira destacou que quer acabar com a desigualdade entre as diferentes regiões mineiras.

“Sonhar e trabalhar para que não tenhamos o que temos hoje em Minas Gerais, que é um Estado dividido entre cidades pobres e cidades ricas”. Para o senador, não basta pensar em Minas como um Estado e não ter um olhar mais profundo e entender a situação de cada município. 

“Eu sou um senador municipalista, reconheço que é na cidade que a vida das pessoas acontece. O que todos querem da gente é resultado efetivo para melhorar qualidade de vida. Isso passa por a gente escolher prioridades”, ressalta.

Críticas

E nesse aspecto, Silveira afirma que o grande problema do governo federal, que contribui para agravar a pobreza, a fome e o desemprego, é a falta de conhecimento da realidade brasileira pelo ministro Paulo Guedes.

“O ministro Paulo Guedes é alguém muito ortodoxo; ele não conhece a realidade do povo brasileiro. Ele não conhece o Jequitinhonha, o Mucuri, o Norte do Brasil. Ele não conhece as mazelas, a fome e a pobreza. É alguém que segue o manual, muito à risca, dos banqueiros da Faria Lima”, aponta Alexandre Silveira.

O senador chegou a ser cotado para ser líder do presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso, mas não poupa críticas à gestão federal. Para Silveira, é importante garantir a responsabilidade fiscal e “gastar somente aquilo que se tem”. Porém, na opinião do senador, faltou criatividade e ousadia ao governo durante a pandemia.

“Em um momento em que enfrentamos uma pandemia e uma guerra, com alta no preço dos combustíveis, era necessário ousar mais, ter mais criatividade para retomar os investimentos”, avalia. 

Para ele, o investimento em infraestrutura é o segredo para voltar a gerar empregos e oportunidades no país e será uma de suas pautas prioritárias no Senado.

Radicalização

O candidato à única vaga no Senado para Minas lamentou o ódio que tem se espalhado com a radicalização política no país e disse que isso não é comum no Brasil. “Na eleição, já tivemos duas mortes constatadas por beligerância política, por extremismo. E, no Brasil, isso não é comum. O presidente Lula disputa eleições desde 1988, e isso (violência) não pode ser estimulado, nunca foi pelo presidente Lula”, diz Silveira.

Sobre sua relação com os candidatos ao governo de Minas, Romeu Zema e Alexandre Kalil, Silveira evitou fazer críticas ao governador e não poupou elogios ao ex-prefeito da capital. “Ele [KALIL]é alguém de fala reta, muito franco, muito direto. Como ele diz, às vezes até aparenta ser turrão, mas é alguém com muita sensibilidade humana e demonstrou isso priorizando as políticas sociais em Belo Horizonte”.

Ele lembrou que, durante a pandemia, a capital mineira deu exemplo a outras cidades. “Além de ser cuidadoso na preservação da vida, também teve a compreensão de socorrer as pessoas que estavam sem condições de se locomover e movimentar para não deixar a fome aumentar”, afirma.

Silveira destacou que tem estilo diferente do de Kalil, “mas complementares”, e afirmou que espera que, após as eleições, o país “volte a ser unido”.

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