Eleições

Aliança com Cidadania e PSDB acaba com o discurso de antipolítica adotado por Zema em 2018

Hermano Chiodi
hcfreitas@hojeemdia.com.br
Publicado em 21/06/2022 às 06:00.
 (Andreza Costa/Divulgação)

(Andreza Costa/Divulgação)

O discurso da “antipolítica”, que serviu de bússola para a eleição de Romeu Zema (Novo) em 2018, sofre um golpe forte, se concretizada a aliança com o Cidadania de Eduardo Costa e o PSDB, de Aécio Neves, avalia Oswaldo Dehon, cientista político e professor do Ibmec. 

“Zema talvez seja o mais bem-sucedido dos candidatos que se lançaram como antipolíticos em 2018 e agora ele se afasta desse discurso. A busca do governador pela política mostra que o discurso de 2018 se perdeu no tempo muito rapidamente”. 

Ainda na opinião do analista, agora que o governador assumiu a postura de político, é necessário saber que político é esse.

“Politicamente, é necessário entender qual a proximidade que Zema quer ter de Bolsonaro. Isso vai definir como será sua postura política e influi, inclusive, na forma como será uma aliança com o PSDB e com Eduardo Costa”, ponderou.

“Eduardo Costa sempre adotou um discurso independente, com posições de centro, se aproximar agora de uma direita mais conservadora seria uma alteração de discurso notada por seu público. Esse papel de discurso mais à direita é mais próprio de Carlos Viana, candidato do PL ao governo de Minas e com quem Eduardo Costa dividiu programas no rádio”, afirmou o cientista político.

Dehon ainda avalia que esse histórico pode fazer com que Costa não seja o candidato desejado pelos apoiadores da reeleição do governador, como por exemplo o deputado Marcelo Aro (PP), que já vinha sendo apresentado como favorito a vice.

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