O presidente Jair Bolsonaro (PL) admitiu, nesta terça-feira (4), que não abraçou a campanha de Carlos Viana (PL), candidato apoiado por ele para o Governo de Minas, por ter "simpatia" por Romeu Zema (Novo). A afirmação foi feita durante pronunciamento que oficializou o apoio do mineiro à reeleição no 2° turno, em Brasília.

"O passado é passado. Eu tive um candidato lá em Minas, não fiz uma campanha massiva para ele, até porque eu tinha uma simpatia com o Zema. Falei com ele sobre isso, e a intenção dele vir candidato era me ajudar em pontos mais isolados por Minas Gerais", afirmou o presidente.

O candidato da sigla de Bolsonaro teve 7,23% dos votos válidos no Estado. Enquanto Zema foi reeleito governador em primeiro turno, com 56,18%. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o segundo colocado, Alexandre Kalil (PSD), ficou com 35,08%.

Durante a campanha de primeiro turno, Bolsonaro chegou a dizer que Viana não faria oposição nem iria criticar o governador do Estado. Segundo ele, o colega de sigla foi lançado para ajudá-lo a organizar “comícios, motociatas e outras coisas mais”.

“Então, conversei com o Viana, não vamos fazer oposição nem criticar o Zema, até porque ele fez, ao meu entender, um bom governo lá e nós temos um opositor comum, que é o tal do (ex-prefeito Alexandre) Kalil, apoiado pelo PT”, disse à época, em entrevista a Jovem Pan.

A candidatura de Viana foi apoiada por Bolsonaro apenas quando as possibilidades de aliança com Zema foram esgotadas. Nas eleições de 2018, Zema declarou apoio à Bolsonaro ainda no 1º turno.