Corte de cargos cria clima ruim na base do governador

Ana Flávia Gussen - Hoje em Dia
02/08/2013 às 07:25.
Atualizado em 20/11/2021 às 20:36

Menos de 24 horas depois de anunciar a fusão de seis secretarias e cortes de 52 cargos em seu primeiro escalão, o governador de Minas, Antonio Anastasia (PSDB), já enfrenta uma crise na base. A um ano das eleições, dirigentes de partidos aliados do governo de Minas já acionaram as executivas nacionais para discutir o assunto.

Eles reclamam, ainda, que foram informados sobre as mudanças pela imprensa e que foram “pegos” de surpresa.

Caberá ao PSDB apaziguar os ânimos. Legendas chegam a condicionar o apoio ao projeto tucano de 2014 às “garantias” oferecidas no pleito do ano passado.

É o caso do PDT. O deputado federal Zé Silva (PDT) está à frente da secretaria de Estado do Trabalho, que será fundida com a pasta de Desenvolvimento Social, atualmente nas mãos do PSD.

O partido, que já estava insatisfeito por ter conseguido apenas uma vaga no alto escalão, já avisou que não vai aceitar perder a vaga.

“Não aceitamos (subsecretaria). O nosso acordo envolvia duas secretarias, aí uma nos foi tirada. Entendemos que hoje estamos em uma posição aquém do combinado nas eleições. Se ocorrer mais uma retirada de espaço, vamos definir um novo rumo”, declarou o presidente estadual da legenda, deputado federal Mário Heringer, que já fez contato com a executiva nacional para tratar do assunto.

Presidente do PSB, o deputado federal Júlio Delgado também se disse surpreendido com o anúncio, mas prefere “deixar o sofrimento para janeiro”. “Foi uma medida exemplar, mas a repercussão política ainda não podemos dizer. O que sei é que ainda temos a Ana Lúcia (Gazzola), que também vamos “elevar” para 2014”, afirmou o socialista, confirmando que a atual secretária de Educação deve deixar o governo para a disputa de 2014. “Não sei se no Legislativo ou para o governo”.

O PSB ainda conta com a pasta de Regularização Fundiária, que será unificada com a de Agricultura, sob comando do DEM.

As mudanças, via projeto de lei, também afetarão pastas comandadas pelo PR, PHS e PV.

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