Uma crise política derrubou o presidente da Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa), o ex-deputado federal Marcos Lima (PMDB). Curral do PMDB, a estatal passa por uma auditoria em seus contratos de prestação de serviços por supostas irregularidades que chegariam a R$ 6 milhões. Cópias dos contratos e documentos já estão de posse do Ministério Público Federal (MPF).
Quem assume o posto é Gamaliel Herval, ligado ao ex-governador e deputado federal Newton Cardoso (PMDB). Também foi nomeado como chefe de gabinete da estatal Mateus Moura, advogado pessoal do presidente licenciado do PMDB e ministro da Agricultura Antonio Andrade.
A nova equipe assume a Ceasa em meio às denúncias de irregularidades nos contratos e à uma iminência de investigação pelo MPF.
Marcos Lima, o idealizador da devassa, estava há apenas quatro meses no cargo. Ele também é ligado a Newton Cardoso. O ex-presidente João Alberto Lages deixou a estatal para acompanhar o presidente licenciado do PMDB mineiro, Antonio Andrade, recém empossado Ministro da Agricultura.
Procurado pelo Hoje em Dia, Marcos Lima confirmou sua saída, que foi referendada, de acordo com ele, na noite de segunda-feira.
“Não estamos sabendo direito o que está acontecendo. Está tudo muito complicado de entender. Disseram que é uma mudança interina, mas não temos muita informação. Meu papel eu cumpri”, declarou o ex-deputado.
Segundo um aliado, a saída de Lima teria a ver com o fato dele ter proposto, junto ao conselho de administração, uma auditoria interna que não teria agradado a cúpula peemedebista.
Pente fino
A devassa tem como prioridade os contratos de mão de obra, limpeza, segurança e manutenção dos galpões. Em alguns casos está sendo avaliado, inclusive, se alguns serviços foram prestados. Por meio de nota, o ex-presidente disse ser favorável à auditoria e, caso não sejam comprovadas irregularidades, vai acionar a Justiça.
Leia mais na Edição Digital