Seis vereadores de Belo Horizonte conseguiram se eleger para cargos estaduais e federais nas eleições deste ano e abrem espaço para os suplentes assumirem cadeiras na Câmara Municipal.

Dos 41 vereadores que compõem a Casa, 24 concorreram para cargos ao Senado, Câmara Federal e Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Com 99% das urnas apuradas, três foram eleitos para deputado federal e outros três para deputado estadual.

Com a saída de Nikolas Ferreira (PL) – candidato mais votado em Minas e no país – , Nely Aquino (Podemos) – presidente da Câmara – e Duda Salabert (PDT) – vereadora mais votada na história de BH nas eleições de 2020 – para ocuparem uma cadeira na Câmara dos Deputados, assumem Uner Augusto, Loide Gonçalves e Wagner Ferreira, respectivamente.

Já para a Assembleia Legislativa foram eleitos as vereadoras Bella Gonçalves (Psol) e Macaé Evaristo (PT) e o vereador Bim da Ambulância (Avante).

Entram no lugar deles Cida Falabella, Dr. Bruno Pedralva e Maninho Felix, respectivamente.

“Sou a primeira trans eleita do Congresso Nacional! Sou a deputada federal mais votada da história de Minas Gerais! Muito obrigada, Minas Gerais!”, disse Duda Salabert

A legislação determina que, no poder legislativo – exceto no Senado – quando um parlamentar sai do cargo, quem assume é o candidato do partido que mais recebeu votos nas últimas eleições para o cargo, mas não se elegeu.

Votação

Dois vereadores da capital, inclusive, ficaram entre os três deputados federais mais votados em Minas. Nikolas Ferreira (PL) foi o campeão nacional de votos, sendo escolhido por quase 1,5 milhão de eleitores.

Duda Salabert (PDT) ficou em terceiro lugar, com 208.332 votos. “Sou a primeira trans eleita do Congresso Nacional! Sou a deputada federal mais votada da história de Minas Gerais! Mesmo com ataques de setores da esquerda, ataques dos ciristas, ameaças de morte da ultra direita, vencemos! Muito obrigada, Minas Gerais!”, disse Duda Salabert, pelas redes sociais.

Seções

As urnas eletrônicas começaram a ser fechadas com atraso várias seções eleitorais de Belo Horizonte neste domingo (2). Os portões das zonas foram fechados às 17h, no entanto, dentro dos colégios, filas enormes ainda eram registradas nas portas das seções.
Segundo mesários ouvidos pela reportagem, isso ocorre por causa do comparecimento em massa dos eleitores, que lotaram os locais de votação neste primeiro turno das Eleições 2022.

Voluntários da Escola da Serra, na região Centro-Sul de BH, estimavam que o último eleitor deveria registrar voto no local por volta das 18h. Quem aguardava na fila recebeu senhas de espera.
O presidente de seção, Marcos Mascarenhas, mesário desde 1994, afirma que nunca trabalhou numa eleição como esta. “Quando é uma eleição de governador, presidente, geralmente é mais movimentada mesmo. Mas eu nunca vi eleição como esta. Eu nunca tive que distribuir senha para votação após o horário”, ressaltou.

No Colégio Santa Maria, no bairro Cidade Nova, na região Noroeste, após o fechamento dos portões, haviam ainda 82 pessoas na fila da 64ª seção da 27ª zona eleitoral.
Já no Colégio Santo Agostinho, na região Centro-Sul, em apenas uma das seções havia 30 pessoas na fila após o fechamento dos portões.