O presidente Jair Bolsonaro recebeu na manhã desta quinta-feira (6) o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), deputados e governadores aliados, no Palácio da Alvorada, em Brasília. Na reunião, o candidato à reeleição pediu desculpa por ter "falado demais" durante o seu primeiro mandato.

Em momento do discurso em que o presidente comentava as ações tomadas para combate à pandemia da Covid-19 e também sobre a guerra na Ucrânia, Bolsonaro pediu desculpas e admitiu que disse coisas consideradas ofensivas para alguns brasileiros.

"Muitas vezes quem decide é o chefe do Executivo. As decisões não são fáceis. E trago comigo um ensinamento da época do Exército: 'Pior do que uma decisão mal tomada é uma indecisão'. Falei demais muitas vezes, reconheço, ofendi algumas pessoas de forma não intencional, me desculpem", afirmou Bolsonaro.

Bolsonaro ainda avaliou que, com o Congresso eleito para legislar a partir de 2023, "terá muito mais chance de aprovar coisas com mais facilidade e mais agilidade", caso seja reeleito para um segundo mandato.

Em seguida, o candidato à reeleição defendeu a aprovação de projeto para regulamentar atividades econômicas, como agricultura e mineração, em terras indígenas. Ele ainda pediu apoio dos presentes na campanha presidencial para o segundo turno.

"Temos uma guerra marcada, dia 30 [de outubro]. Temos que conversar com o pessoal de chão de fábrica, as pessoas mais humildes", afirmou.

Ele ainda atacou um possível mandato de seu adversário, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Se for trocar o piloto agora, tem tudo para esse avião cair", disse.

Entre os governadores reeleitos presentes, estavam Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás; Gladson Cameli (PP), do Acre; e Antônio Denarium (PP), de Roraima. Os três declararam apoio à reeleição de Bolsonaro. Além deles, ministros e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro também participaram da reunião.