Fidelidade partidária não é oportunismo, diz Carvalho

Ricardo Della Coletta
18/04/2013 às 17:04.
Atualizado em 21/11/2021 às 02:56

O ministro chefe da secretaria-geral da Presidência da República Gilberto Carvalho rebateu, nesta quinta-feira, as acusações de que a atuação do governo seria oportunista e miraria possíveis adversários para as próximas eleições, ao apoiar o projeto de lei que inibe a criação de novos partidos. A proposta foi aprovada nesta quarta-feira, 17, no plenário da Câmara dos Deputados.

"Eu nunca ouvi falar que fidelidade partidária fosse oportunismo", disse o ministro, ao final de reunião com lideranças do MST e com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, e o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Carlos de Guedes. "Os deputados foram eleitos por partidos. Quando nós começamos o nosso partido (o PT), fizemos um longo caminho até nos constituirmos. Não tem que ter pressa em ficar criando partidos."

Na visão do ministro, a votação desta quarta na Câmara respeitou a fidelidade partidária. "Temos de respeitar a institucionalidade partidária, defender os partidos, e não fazer um processo sem fim de criação de partidos para acomodar interesses eleitorais", concluiu.

Sob pressão do Palácio do Planalto, a Câmara aprovou nesta quarta o texto-base do projeto de lei que limita o acesso de novos partidos ao Fundo Partidário e ao tempo de propaganda na TV e no rádio. O resultado cria dificuldades, por exemplo, para a candidatura da ex-ministra Marina Silva, que quer formar um novo partido, a Rede. Também atrapalha as pretensões do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), pois quem migrar de legenda não poderá levar o tempo de TV.
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